A ECA E O DORINHO NA REVISTA “PROPAGANDA”

08/01/2024

Nossa Escola foi capa da revista Propaganda, da editora Referência, em janeiro de 1992, ilustrando matéria sobre a carreira em Publicidade.

Na última página da revista, podemos ver os cartuns da famosa personagem “Dona Zezé, a moça do café”, criação do professor Dorinho (CRP).

Dona Zezé já foi tema de livros e artigos, todos disponíveis no acervo da Biblioteca da ECA, assim como a revista Propaganda.

Bastos, Dorinho. Dona Zezé a moça do café —  [São Paulo] : CBBA; Propeg, [1989]. 741.5981 D696d

Correa, Victor Aquino Gomes. O autor de “Dona Zezé, a moça do café” e a pedagogia da formação em publicidade. São Paulo, 2016. p. 1203-1209. , Encontro Nacional de Pesquisadores em Publicidade e Propaganda – VI Pró-Pesq PP(6. : 2015 : São Paulo).. Anais…, São Paulo, 2016. Disponível em https://www.eca.usp.br/acervo/producao-academica/002792070.pdf

Bastos, Dorinho. Dona Zezé, a moça do café : Zaragarte e Salomão, a dupla de criação.  São Paulo, 2019. p. 58.  Propaganda, São Paulo, n. 820, p. 58, ago. 2019. 659.1

Figueira Neto, Arlindo Ornelas. Dorinho. Formação diferenciada em publicidade? : dona Zezé, a moça do café.  São Paulo, Fundac, 2010. p. 253-276. In: Correa, Victor Aquino Gomes(org). A USP e a invenção da propaganda, 40 anos depois. São Paulo : Fundac, 2010. 470 p. 659.1098161 U86c

Neste vídeo, o professor fala sobre sua personagem.

Dorinho também é autor desta imagem na porta da Biblioteca da ECA.


Teses e livros de artista em exposição

04/12/2023

Se você não conhece nosso acervo de livros de artista, livros-objeto e fotolivros, alguns deles apresentados como dissertações, teses e trabalhos de conclusão de curso de graduação, corram até a Biblioteca da ECA para dar uma olhadinha.

Como esse acervo é bastante delicado, nem sempre é possível encontrá-lo nas estantes de livre acesso, ao lado dos demais livros. Por esse motivo, procuramos manter parte da coleção em nossos expositores, de forma permanente. E agora recebemos um novo móvel, grandão, no qual podemos mostrar trabalhos de grandes formatos, que antes viviam escondidos, por não caberem nas estantes nem nos nossos “sarcófagos”(apelido carinhoso dos nossos expositores azuis, dado por um funcionário que nunca viu um sarcófago de verdade, mas tinha imaginação).

Venham ver os livros de artista nunca antes expostos nesta biblioteca. Embora estejam fechados em seus expositores, todos os livros podem ser consultados e manuseados. Basta pedir!

Marcos Martins. Envoltórios, 2018
Tese do Programa de Pós-graduação em Artes Visuais, orientada por Hugo Fortes. A pesquisa compreende a reflexão sobre um conjunto de obras que se enquadram no conceito de envoltórios para o corpo e para a arquitetura. Contém uma caixinha de música que deve ser acionada enquanto o leitor consulta o trabalho na Biblioteca ou fora dela, num local silencioso, observando a reação das pessoas ao redor.

Lúcia Loeb Mindlin. Mestrado, 2014
Originalmente apresentado como dissertação de mestrado, é um livro dividido em 8 volumes que repete a mesma fotografia em todas as suas páginas. Cada volume é cortado em um tamanho diferente do outro, encapados em vermelho, azul, verde e cinza. Sua disposição pode ser muito variada, usando um ou mais conjuntos de livros, de acordo com as orientações do Manual de Uso. O exemplar que faz parte do acervo de teses está incompleto, devido à forma como foi apresentado na defesa, mas a autora doou um exemplar completo, que hoje integra o acervo de Publicações de artista.

Lúcia Loeb Mindlin. Livros sobre livros – Biblioteca , 2019
Trabalho dividido em dois volumes: Livros Sobre Livros e Biblioteca. No primeiro a autora apresenta sua produção de livros, buscando articulação entre imagens, procedimentos, formas de produção e conceitos. As fotografias dos trabalhos estão organizadas cronologicamente com informações sobre cada obra e descrições das mesmas quando necessário. Em Biblioteca, há uma seleção de trabalhos de diversos artistas de várias épocas e países que também exploram o livro como suporte para criação e com os quais, por um motivo ou outro, a autora se identifica.

Carlos Bressan. Costurando contos narrados, 2015
Livro artesanal, impressão em jato de tinta sobre papel Pólen Bold 90 g/m² e Color Plus 180 g/m², capa em papel Kraft 420 g/m², com arte em carimbos, capa e fólios costurados com linha de algodão encerado.

Flávia Ribeiro. Aurum, 1991
Impressão colada sobre aglomerado.


Biblioteca Digital da Produção Artística da ECA

25/09/2023

Dando continuidade ao Projeto Biblioteca Digital da Produção Artística da ECA (BDPA), a fotógrafa Mariana Chama, contratada pela Biblioteca da ECA, realizou o registro fotográfico de cerca de 25 trabalhos práticos artísticos apresentados como dissertação, tese ou TCC aos cursos de Artes Visuais da nossa Escola.

O objetivo geral do projeto é reunir, catalogar e divulgar a produção artística das Artes Visuais na ECA, que inclui gravuras, desenhos, fotografias, livros de artista, livros-objeto, videoarte etc. de artistas importantes no cenário da arte brasileira. O acervo está disponível para consulta em nossa Biblioteca, mas ainda não dispunha de um catálogo que permitisse o acesso remoto a imagens de boa qualidade dos trabalhos.

A BDPA já tem cerca de 150 trabalhos catalogados de forma experimental, com imagens-teste, e será aberta ao público assim que todas as imagens de qualidade profissional estiverem cadastradas.

A base de dados foi construída com o auxílio de bolsistas PUB da professora Vânia Mara Alves Lima, do curso de Biblioteconomia do Departamento de Informação e Cultura, coordenadora do projeto. Na atual fase, teremos a colaboração de dois bolsistas PUB da profa. Lúcia Koch, do Departamento de Artes Plásticas, curadora do projeto, para selecionar e solicitar aos artistas imagens de trabalhos que não estão disponíveis no acervo (além de outras atividades de curadoria).

Enquanto a BDPA não está disponível ao público, vejam uma pequena amostra das fotos já produzidas:

Gravuras da tese de Evandro Carlos Jardim, Processos da gravura em metal
Tese-livro de artista de Dora Longo Bahia
Gravura do TCC de Anna Gabriela Sousa Santos
Mariana prepara para a foto a dissertação de Regina Silveira

Cinco livros sobre Ciência

19/09/2023

O lançamento de um livro recente sobre pseudociências lançou um debate acalorado nas redes sociais sobre o conceito de ciência. Falou-se em falsificacionismo, paradigma, Popper, Thomas Kuhn etc.

E se você quiser participar do debate ou acompanhar sem se perder, veja nossa lista de por onde começar. Todos os livros fazem parte de nosso acervo.

Mas se quiser se aprofundar um pouco mais no assunto, busque por ‘filosofia da ciência’ no campo assunto no Dedalus.


Músicas de Lycia de Biase

11/09/2023

Durante a pesquisa para sua dissertação de mestrado, apresentada à Universidade Federal do Espírito Santo, Tayná Lorenção realizou gravações de 6 peças da compositora, a partir de manuscritos disponíveis em nosso acervo. Tayná, gentilmente, nos enviou as gravações, cujo link está disponível no registro das partituras no Dédalus. Confiram:

As meninas (solo)
Áudio: https://www.eca.usp.br/meninas_solo
Partitura: https://www.eca.usp.br/acervo/partituras/08855.pdf

As meninas (duo)
Áudio: https://www.eca.usp.br/meninas_duo
Partitura: https://www.eca.usp.br/acervo/partituras/08856.pdf

O mosquito escreve (solo)
Áudio: https://www.eca.usp.br/mosquito-solo
Partitura: https://www.eca.usp.br/acervo/partituras/08851.pdf

O mosquito escreve (duo)
Áudio: https://www.eca.usp.br/mosquito-duo
Partitura: https://www.eca.usp.br/acervo/partituras/08853.pdf

Rômulo rema (solo)
Áudio: https://www.eca.usp.br/romulo-solo
Partitura: https://www.eca.usp.br/acervo/partituras/08849.pdf

Rômulo rema (duo)
Áudio: https://www.eca.usp.br/romulo_duo
Partitura: https://www.eca.usp.br/acervo/partituras/08850.pdf

Ficha Técnica das gravações:

Tayná Lorenção, piano

Luana Shaeffer; soprano

Lorena Pires, soprano 2

Gravação e edição: Estúdio de Música da Universidade Federal do Espírito Santo


Revistas antigas: papel X digital

21/08/2023

Temos uma importante coleção de revistas antigas de caráter não-acadêmico, que inclui:

  • Revistas populares encerradas, como Manchete, O Cruzeiro, A Cigarra, Amiga
  • Coleções antigas de revistas que ainda circulam, como Isto é, Claudia, Pais & Filhos
  • Jornais da imprensa alternativa dos anos 1960 e 1970
  • Revistas e jornais publicados pela ECA e seus estudantes

Trata-se de um acervo em suporte impresso, disponível apenas para consulta aqui na Biblioteca da ECA. Alguns títulos, entretanto, estão disponível online do site da Biblioteca Nacional, por exemplo, ou em outros locais. Fizemos uma lista completa das revistas, indicando a localização dos acervos digitais, quando existem. Procuramos manter essa lista atualizada e sempre que descobrimos que um título foi digitalizado, inserimos a url na lista.

Muitos pesquisadores pensam que temos essa coleção digitalizada aqui na Biblioteca. Eventualmente, recebemos pedidos para enviar cópias de fascículos ou volumes inteiros. A resposta para esse pedido é não. Não somos detentores dos direitos autorais das revistas, portanto só podemos digitalizar artigos, não os fascículos na íntegra (muito menos a coleção toda).

Mesmo que a gente tivesse autorização para digitalizar algum título, não teríamos condições práticas nem pessoal suficiente para tanto.

Nossa prioridade será sempre digitalizar os documentos gerados na própria ECA, como as teses, dissertações e TCC. A digitalização de revistas será feita pelos editores delas ou por alguma instituição de memória, como a Biblioteca Nacional.

Quanto à consulta do material impresso aqui na Biblioteca, é muito simples. Basta solicitar o título e os volumes desejados no balcão de atendimento. As revistas não podem ser emprestadas, mas os pesquisadores podem copiar trechos com seu próprio celular, desde que o uso a ser feito esteja de acordo com a legislação de direitos autorais.

Veja mais detalhes sobre a coleção nesta reportagem do Jornal da USP.


Convênio ECA e Música Brasilis

28/03/2023

[editado – 28.3.23 – 13h20]

A ECA celebrou um convênio com o Instituto Música Brasilis, entidade dedicada ao resgate e difusão do repertório musical brasileiro. Em seu portal estão disponíveis para download gratuito 2500 partituras de compositores brasileiros de diversas épocas.

A Biblioteca da ECA possui 220 partituras do compositor brasileiro Henrique Oswald, muitas delas manuscritas, doadas à ECA pela família do músico. Esse acervo desperta grande interesse entre pesquisadores ou intérpretes da música brasileira, tanto no Brasil quanto no exterior. A Biblioteca está digitalizando esse material sob demanda, para atender aos pedidos que recebe.

O convênio entre as duas instituições prevê a editoração de uma série de partituras do nosso acervo, que passarão a integrar o portal do Música Brasilis. A editoração dos manuscritos vai facilitar a leitura e o uso do material pelos interessados, além de ampliar a divulgação da coleção. Já enviamos um lote de manuscritos, e as primeiras cinco partituras editadas já estão disponíveis no Música Brasilis.

Correção: o prof. Eduardo Monteiro, estudioso da obra de Oswald, alertou para um erro na catalogação: as obras Berceuse orientale e Batuque são da autoria de Alfredo Oswald, filho de Henrique Oswald. O erro será, em breve, corrigido em nosso catálogo.

O primeiro pensamento, Mi bemol Maior, piano solo

Música Brasilis

https://musicabrasilis.org.br/partituras/henrique-oswald-o-primeiro-pensamento

Dédalus

http://dedalus.usp.br/F/?func=direct&doc_library=USP01&doc_number=002826107

Manuscrito:

https://www.eca.usp.br/acervo/partituras/HO0162

Canto elegíaco, Si Menor, piano e violino

Música Brasilis

https://musicabrasilis.org.br/partituras/henrique-oswald-canto-elegiaco

Dédalus

http://dedalus.usp.br/F/?func=direct&doc_library=USP01&doc_number=002825995

Manuscrito

https://www.eca.usp.br/acervo/partituras/HO0050

Berceuse orientale, Mi maior, piano solo

Música Brasilis

https://musicabrasilis.org.br/partituras/henrique-oswald-berceuse-orientale

Dédalus

http://dedalus.usp.br/F/?func=direct&doc_library=USP01&doc_number=002826088

Manuscrito

https://www.eca.usp.br/acervo/partituras/HO0143

Batuque, Si bemol menor, piano solo

Música Brasilis

https://musicabrasilis.org.br/partituras/henrique-oswald-batuque

Dédalus

http://dedalus.usp.br/F/?func=direct&doc_library=USP01&doc_number=002826089

Manuscrito

https://www.eca.usp.br/acervo/partituras/HO144

Barcarola n. 4, opus 33, Sol sustenido menor, piano solo

Música Brasilis

https://musicabrasilis.org.br/partituras/henrique-oswald-barcarolle

Dédalus

http://dedalus.usp.br/F/?func=direct&doc_library=USP01&doc_number=002825979

Manuscrito

https://www.eca.usp.br/acervo/partituras/HO00035.pdf


Achados no acervo de discos

28/02/2023

Nossa coleção de gravações conta, atualmente, com 11770 itens, em vinil, CD e fita cassete. A coleção começou nos primeiros anos da Escola, com discos em suporte vinil comprados ou recebidos em doação, sempre com foco nas demandas do curso de Música da ECA.

Devido à fragilidade do suporte, o empréstimo de discos em vinil nunca foi possível. Os interessados ouviam nos equipamentos disponíveis na Biblioteca ou solicitavam a realização de uma cópia em outro suporte – fita cassete, nos primeiros anos, e CD, posteriormente.

O acervo de vinil continuou crescendo mesmo depois da chegada dos CDs, devido a diversas doações de professores da Escola e colecionadores. Hoje temos 5100 discos, parte deles também disponível em CD ou plataformas de streaming (mas nem todos). A Biblioteca dispõe de toca-discos para audição local.

Esta pequena seleção dá uma boa ideia da variedade da coleção.

A bossa no Paramount

Gravações ao vivo realizadas no Teatro Paramount, em São Paulo.

Lado A: 1. Marcos Valle / P. S. Valle: Terra de ninguém (Marcos Valle / Elis Regina); 2. Antonio Carlos (Tom) Jobim / Vinícius de Moraes: Mulher, sempre mulher (Vinícius de Moraes); 3. Sérgio Ricardo: Zelão (Paulinho Nogueira); 4. Antonio Carlos Jobim: Vivo sonhando (Wanda); 5. O. C. Neves: Antes e depois; Lado B: 1. Moacyr Santos / Mário Telles: Nanã (Zimbo Trio); 2. Carlos Lyra: Tem dó de mim (Quarteto em Cy); 3. O. C. Neves / Luvercy Fiorini: Adeus (Alaíde Costa).

Arrigo Barnabé: Clara Crocodilo

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Lançado em 1980, inovador e experimental. Em seu primeiro disco, Arrigo Barnabé usava o dedocafonismo e o atonalismo livre, de forma até então inédita na música popular brasileira. A canção-título foi objeto de uma tese da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP: Representações da modernidade brasileira na canção: o caso de Clara Crocodilo. A capa é do desenhista e ilustrador Luiz Gê.

Itamar Assumpção: Beleléu, Leléu, Eu

Primeiro disco de Itamar Assumpção (com a banda Isca de Polícia), integrante, assim como Arrigo Barnabé, da chamada Vanguarda Paulistana. Foi lançado pelo selo Lira Paulistana. Temos outros discos dessa importante gravadora no acervo: Freelarmônica; Divina Increnca; Língua de Trapo; Premeditando o Breque; O violão brasileiro, de Flávio Apro e outros.

Orquestra Armorial: Gavião

Essa orquestra fez parte do Movimento Armorial, que se propunha a integrar as tradições nordestinas às formas de expressão da cultura erudita. Temos cinco álbuns da Orquestra e dois do Quinteto Armorial.

Villa-Lobos: Erosão (Festival 1975)

Com a Orquestra Sinfônica Brasileira; sob a regência de Sérgio Magnani. Gravado ao vivo na Sala Cecília Meirelles.

Kaapor: cantos e pássaros não morrem

Álbum duplo gravado pelo antropólogo Etienne Samain e pelo Instituto de Artes da Unicamp, trazendo registros da música dos Kaapor para flauta, voz e percussão.

Tenório Jr.: Embalo

Único álbum do músico preso por engano na Argentina durante a ditadura, torturado e morto. Sua história inspirou o personagem interpretado por Rodrigo Santoro no filme Os desafinados.

Futuros mestres em música do curso de mestrado em música da UFRJ: 1848-1988

Obras de compositores brasileiros importantes interpretados por alunos da UFRJ. Além deste álbum, temos outros dois da mesma série de gravações.

Creole fiestas of the Antilles

Música das Antilhas, interpretada pelo grupo Les Bélaisières et les Doudous de la Grande Terre.

Monumento da música popular brasileira: Os pioneiros, v. 2: Bahiano

Bahiano, apelido de Manoel Pedro dos Santos (1870-1944), foi um cantor popular que gravou o primeiro disco brasileiro, intitulado Isto é bom. Gravou marchinhas de Carnaval, com “Ai, Filomena” e sambas como “Pelo telefone”, presentes nesta coletânea.

Leia também:


Não era só mais uma revista paulista de cultura

17/10/2022

Uma revista paulista de cultura, criada por jovens desconhecidos egressos da então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, Clima circulou de 1941 a 1944, com certa regularidade no início e depois com alguma intermitência. Ao todo publicou 16 números, todos disponíveis impressos aqui na Biblioteca da ECA.

Nas páginas de Clima estrearam como críticos Antonio Candido na literatura, Paulo Emílio Salles Gomes no cinema, Decio de Almeida Prado no teatro, entre outros. De jovens desconhecidos conquistaram rapidamente o reconhecimento e convites para trabalhar na imprensa profissional paulista, essa é uma das razões da intermitência na publicação da revista após o primeiro ano.

Em depoimento a Heloisa Pontes, presente no livro Destinos mistos, Decio de Almeida Prado chama a atenção para o fato de que se tratava da estreia do grupo na crítica profissional:

“Mas ele [Lourival Gomes Machado] não escreveu nada antes do Clima, como eu também não escrevi nada sobre o teatro antes do Clima, como Antonio Candido não escreveu nada sobre literatura e nem o Paulo Emílio sobre cinema.”

Tinha seções fixas de crítica de literatura, cinema e teatro e também artes plásticas com Lourival Gomes Machado, música a cargo de Antonio Branco Lefèvre. Roberto Pinto Souza cuidava da seção de economia e direito, Marcelo Damy de Souza falava de ciência. A partir do número 11, de julho/agosto de 1942 passa a trazer gravuras de artistas como Claudio Abramo, Lívio Abramo, Oswaldo Goeldi e outros.

Gravuras de Livio Abramo para o nº 11, julho/agosto 1942

Todos os números da revista estão disponíveis em nossa Coleção especial de revistas antigas. No acervo digital da Biblioteca Brasiliana estão digitalizados os números de 1 a 7 e 13 a 16.


Memoriais

03/10/2022




O sinônimo o mais perfeito possível para memorial é armadilha. Se ele não narra as continuidades, ele narra, no final das contas, um fracasso.

Leopoldo Waizbort

Uma das maneiras que os docentes universitários contam para alcançar progressão na carreira é a apresentação de um memorial acadêmico, exigido nos concursos de livre-docência e titularidade. O memorial pode tomar formas variadas, há aqueles que se apresentam como um relato autobiográfico com foco na trajetória de pesquisador, às vezes um currículo narrativo, uma lista temática e cronológica com foco na progressão na carreira.

Hugo Fortes. Memorial Portfólio Curriculum

Este documento da ECA sobre memorais diz que:

Não se trata de forjar uma trilha coerente, já que muitos dos passos de uma carreira são contingentes, frutos de aspectos fortuitos e arbitrários. Mas, sim, de revelar a coerência possível num percurso de investigação e de ações efetivas na prática da docência, e de todos os compromissos institucionais e acadêmicos em que ela implica. O currículo pode ser visto como o esqueleto de um memorial, mas este se distingue do primeiro porque organiza um pensamento sobre aquele amontoado de dados e realizações.

Além dessas diferenças quanto à apresentação do conteúdo, que se devem, entre outras coisas, às próprias diferenças de cada área de estudo, também variam bastante no tamanho, podendo aparecer como um calhamaço ou ter apenas algumas dezenas de páginas.

Nas nossas estantes os primeiros memoriais datam da década de 1970, ficam numa seção à parte e têm a letra M como primeiro elemento de seu número de localização, ou seja, recuperou em suas buscas algo cuja localização é do tipo M504, M240, M6… trata-se de um memorial. Eles não podem ser emprestados. No Dedalus pesquise usando a imagem abaixo como modelo.

Mas não é só nas estantes da biblioteca que é possível ter acesso a esse tipo de documento, no site Memoriais | Projeto Memórias da ECA/USP: 50 anos é possível acessar vários memoriais na íntegra.

Quer saber mais? Acesse esse link.