Citar ou não citar

07/12/2021

Muitos estudantes tem dúvidas quanto ao uso de certos tipos de documentos em seus trabalhos. As perguntas mais frequentes são mais ou menos essas:

  • Posso citar textos de blog, podcasts, informações verbais, posts de redes sociais, trabalhos não publicados?
  • Como faço a referência de textos de blog, podcasts, informações verbais, posts de redes sociais, trabalhos não publicados?

A primeira confusão que precisa ser desfeita é a seguinte: citar e fazer referências são coisas diferentes. Quase todos os documentos podem ser referenciados, mesmo que a norma da ABNT não traga orientações precisas. Mas não é qualquer documento que pode ou deve ser citado em trabalhos acadêmicos.

Clarice Lispector. Imagem extraída do texto “Não fui eu que escrevi isso” – Sobre as falsas autorias que circulam na internet!, publicado no blog O bem viver

Não é recomendável desenvolver um discurso ou justificar uma afirmação baseando-se em informações retiradas de fontes informais, pouco confiáveis, não publicadas ou publicadas pelo próprio autor em meios que não passam pelo crivo de nenhum outro pesquisador, editor ou avaliador. Entretanto, há situações em que é perfeitamente aceitável citar blogs ou tuítes. Por exemplo: para analisar declarações e opiniões de um indivíduo ou grupo, em trabalhos que estudem a comunicação nas mídias sociais, para informações pontuais e objetivas etc. A qualificação da fonte e sua competência em discorrer sobre o tema do qual está tratando é o dado do mais importante a ser levado em conta.

Tudo depende, em resumo, do tipo de trabalho que está sendo feito, do tipo de informação que será citada, da forma de utilização dessas informações no contexto do trabalho e da qualidade da fonte.

Outro fator a ser considerado é o acesso ao conteúdo citado. Deve ser possível, para o leitor ou avaliadores do trabalho, localizar e consultar o documento citado, mesmo que seja necessário pagar por ele ou deslocar-se até um arquivo ou biblioteca.

De forma geral, fontes informais podem ser citadas quando realmente necessário, mas não devem ser inseridas na lista de referências. Nesses casos, basta uma nota de rodapé que indique, de forma objetiva mas com todas as informações necessárias, a fonte da citação. A nota não precisa conter uma referência.

Alguns exemplos de situações que geram dúvidas:

Documentos não publicados

Um artigo ainda não publicado, mas que já foi avaliado e aceito para publicação, pode ser citado e inserido em listas de referências. A norma da ABNT sugere que a referência contenha a informação “no prelo”.

Exemplo tirado da NBR-6023 , p. 50

Manuscritos mantidos em arquivos, bibliotecas, museus e outros locais nos quais, em princípio, estão disponíveis para consulta, podem ser citados e referenciados. Recomendamos que seja informado o nome da instituição de guarda. Para citar documentos que estejam em mãos de particulares, o autor deve se certificar de que o acesso aos mesmos será possível.

Documentos institucionais de acesso restrito, como os relatórios de pesquisa enviados a órgãos de fomento, não devem ser incluídos na lista de referências. Se for necessário citá-los, fazer apenas nota de rodapé.

Documentos obtidos em sites “alternativos”

É prática bastante difundida no meio acadêmico obter cópias em suporte eletrônico de livros e artigos de periódicos sem pagar por elas. Sem entrar aqui em discussões de caráter legal ou ético, o fato é que esses trabalhos podem ser citados normalmente, independentemente da forma como foram obtidos. Mas é importante ter certeza de que o arquivo obtido está completo e íntegro, não tendo sofrido qualquer alteração em seu conteúdo.

Fotos

É possível citar e referenciar uma fotografia, mas, em geral, é melhor inserir a imagem no trabalho, com legendas e indicação de fonte. É necessário ter autorização dos detentores dos direitos autorais e dos direitos de imagem, caso a foto mostre pessoas. Para submeter um artigo a uma revista, o autor deve providenciar essas autorizações (as revistas não vão fazer isso). Para mais informações sobre citação e referências de fotografias, consultem o Manual de normalização da Biblioteca da ECA.

Informação verbal

Trata-se do caso mais grave de informação que não pode ser verificada posteriormente. Pode ser citada, se for realmente necessário usá-la num trabalho acadêmico, mas não deve constar da lista de referências. Fazer uma nota de rodapé com um texto explicativo. Por exemplo:

Essa informação foi apresentada durante palestra proferida no Auditório Camargo Guarnieri, da Universidade de São Paulo, no dia 5 de maio de 2019.

IMPORTANTE

A cultura da instituição para a qual se está escrevendo o trabalho, bem como os hábitos e costumes da área, precisam ser levados em consideração. No caso de TCCs, dissertações e teses, é importante levar as dúvidas relacionadas ao dilema “citar ou não citar” ao orientador ou orientadora. Os bibliotecários também podem ajudar.

Para as questões formais de como fazer referências e citações, as fontes a serem consultadas devem ser, pela ordem:

  1. As próprias normas da ABNT (ou outro estilo que a instituição adote), em sua versão mais atual. Essas normas não são de acesso aberto, portanto é preciso cuidado ao usar textos encontrados na internet, que podem estar desatualizados ou incompletos. Na USP, a fonte correta é o GEDweb, um serviço disponível na página da Agência USP de Gestão da Informação Acadêmica – AGUIA. É necessário conexão à rede VPN da USP. Na dúvida, procure orientação na sua biblioteca.
  2. Manuais oficiais da sua instituição. Na USP, temos as Diretrizes para apresentação de dissertações e teses da USP, disponíveis no Portal de livros abertos, nos estilos ABNT, APA, Vancouver e ISO. Não usem manuais de outras instituições, porque as orientações podem ser diferentes das adotadas na USP. Algumas unidades têm seus próprios manuais, que não devem, em princípio, serem usados por alunos e pesquisadores de outras unidades. Na dúvida, procure orientação na sua biblioteca.
  3. Orientações e manuais preparados pelas bibliotecas, que complementam as orientações oficiais das universidades. Procure usar apenas os manuais da sua biblioteca, ou documentos indicados pelos seus bibliotecários.


Citar e referenciar

17/05/2021

Citar significa fazer referência a alguém, a algum texto, documento seu ou de outras pessoas, ou seja, fontes externas que ajudam a reforçar um argumento. Portanto, as citações ao longo do texto e a lista de referência no final, são duas coisas ligadas por uma dependência recíproca, isso significa que tudo que foi citado ao longo do texto deve ir para sua lista de referências, e o contrário também é verdadeiro, se está na lista de referência é porque foi citado no texto.

Foto: liveandrock (Flickr)

Algumas questões que nos chegam sobre citação e referência são dúvidas que existem porque pode não estar muito claro para as pessoas o que são ou para que servem as citações e as referências.

Fiz muitas pesquisas e citei algumas referencias que constavam nesses periódicos, o problema é que não anotei todos. Devo excluir as citações que fiz?

Sim. Ou correr atrás dos documentos novamente. Como dissemos, tudo que foi citado precisa estar nas referências, caso contrário corre-se o risco de praticar plágio, ainda que involuntariamente.

Afirmações empíricas precisam ser referenciadas? Por exemplo: quem está doente não goza de forma ampla do direito à saúde.

Quando você diz “quem está doente não goza de forma ampla do direito à saúde”, é uma afirmação baseada na sua experiência empírica? Então apresente os dados. Ou você se baseia numa informação retirada de outra fonte para dizer isso? Então apresente a fonte. Citação é qualquer informação extraída de outra fonte, seja apresentada por meio de transcrição textual ou uma paráfrase. Por isso, qualquer informação que veio de outra fonte precisa ser citada.

o acesso é com login e senha (acesso restrito) não há necessidade de completar a referência usando as informações —— Disponível em: <>. Acesso em:

A dúvida aqui é sobre colocar ou não a URL de um livro eletrônico de acesso restrito, pois o leitor não terá acesso de qualquer forma. A função da referência não é dar acesso ao documento, é identificá-lo, para com isso facilitar o acesso, assim sendo, apontar o endereço eletrônico poupa o trabalho de seu leitor caso ele queira acessar esse documento. Seguindo a mesma lógica da pergunta, alguém poderia dizer: para que colocar a referência completa de um livro raro consultado numa biblioteca estrangeira, pois meus leitores não terão acesso a ele? Não faz sentido, não é?  

Pôr o endereço eletrônico é ainda mais importante nesse momento em que mais e mais bases de dados de e-books surgem. Além disso a norma NBR 6023 diz textualmente “Para documentos online, além dos elementos essenciais e complementares, deve-se registrar o endereço eletrônico, precedido da expressão Disponível em:, e a data de acesso, precedida da expressão Acesso em:.”

A lista de referências vai identificar cada uma de suas citações e facilitar aos seus leitores os caminhos para chegar até elas seja numa biblioteca, num catálogo de livraria, numa base de dados.


Gastando o latim

16/11/2020

As normas de referência, e principalmente a de citações, da Associação Brasileira de Normas Técnicas recomendam o uso de algumas expressões e palavras em latim, para evitar que a leitura das citações se torne repetitiva, ou quando não se consegue precisar alguma informação, no caso das referências.

O latim dá voz ao que chegou até nós da cultura clássica, cultura da qual o ocidente é devedor. Expressões como status quo, causa mortis, habeas corpus e tantas outras fazem parte do vocabulário de muita gente; em áreas como direito e na nomenclatura científica, a presença do latim é ainda mais evidente.

É certo que às vezes é usado com algum pedantismo ou como marca de distinção social, o que não é de hoje:

Para as elites, o mundo clássico, antes símbolo máximo do status e da pertença de classe, foi relegado nem tanto ao esquecimento, como à denegação: cheirava a mofo e a uma visão de mundo a ser superada.

O resultado é que o latim deixou de ser obrigatório em nossas escolas de ensino fundamental e médio ainda na década de 1950. Mas como está na base de algumas das línguas mais faladas hoje no mundo e dá voz à Antiguidade Clássica, permanece.

Nas citações em documentos (ABNT NBR 10520) as expressões e palavras são recomendadas para evitar repetição nas notas de referência no rodapé, ou seja, a primeira citação em nota de rodapé deve ter sua referência completa, só então você vai ter que gastar o latim. Para tornar as coisas um pouco mais difíceis, é comum que se usem tais expressões abreviadas.

Idem – mesmo autor – Id.
SOUZA, 1990, p. 51.
Id., 2018, p. 17.
Ibidem – na mesma obra – Ibid.
DURKHEIM, 1925, p. 176
Ibid., p. 190.
Opus citatum, opere citato – obra citada – op. cit.
ADORNO, 1996, p. 38.
GARLAND, 1990, p. 42-43.
ADORNO, op. cit., p. 40
Passim – aqui e ali, em diversas passagens – passim
RIBEIRO, 1997, passim
Loco citato – no lugar citado – loc. cit.
TOMASELLI; PORTER, 1992, p.33-46
TOMASELLI; PORTER, loc. cit.
Confira, confronte – Cf.
Cf. CALDEIRA, 1992
Bom, essa daqui não é latim no sentido que estamos usando aqui, mas de onde você acha que vieram as duas palavras aí?
Sequentia – seguinte ou que segue – et. seq.
FOUCAULT, 1994, p. 17 et seq.

Idem, ibidem, opus citatum “só podem ser usadas na mesma página ou folha da citação a que se referem.”

Apud – citado por, conforme, segundo
EVANS, 1987 apud SAGE, 1992, p. 2-3

Agora um pouco de controvérsia. Diferentemente das outras expressões, essa também pode ser usada no texto, não apenas no rodapé. Usa-se essa expressão para indicar que se está citando uma citação direta ou indireta, ou seja, você não teve acesso ao documento original, e aqui entra a parte da controvérsia. No exemplo acima você estaria assumindo que a leitura ou interpretação que Sage fez de Evans, é correta, sem vieses ou ruídos. Lembram daquela brincadeira infantil do telefone sem fio?

A ABNT não diz para evitar o uso dessa expressão, no entanto a pesquisa científica é um trabalho de investigação, e se é possível encontrar o original numa biblioteca ou numa das várias bases de dados, não tem desculpa para não ir atrás do original. Veja o que diz esse editorial da Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental.

No caso das referências (ABNT NBR 6023), normalmente as expressões latinas aparecem quando não se pode oferecer a informação completa, seja para resumir uma lista de autores extensa, seja porque os dados não foram fornecidos

et alii – e outros – et. al.
URANI, A. et al.
Para mais de três autores. Recomenda-se indicar todos, mas não sendo possível usa-se como no exemplo acima.
sine nomine – sem nome (da editora) – [S. n.]
FRANCO, I. Discursos: de outubro de 1992 a agosto de 1993. Brasília, DF: [s. n.], 1993. 107 p.
sine loco – sem local (de publicação) – [s. l.]
KRIEGER, Gustavo; NOVAES, Luís Antonio; FARIA, Tales. Todos os sócios do presidente. 3. ed. [S. l.]: Scritta, 1992. 195 p.
circa – por volta de – ca.
ca. 1950
ano de publicação aproximado

Seja em áreas como direito, ou na nomenclatura científica, o latim se faz presente bem mais do que como nota de rodapé

As citações acima e os exemplos usados vieram das normas da ABNT NBR 6023 e NBR 10520 e do livro O latim hoje, organizado por Patrícia Prata e Fábio Fortes


Normalização de trabalhos acadêmicos

23/11/2015

Uma etapa obrigatória de boa parte dos cursos de graduação e pós-graduação é a elaboração de um trabalho escrito, que deve seguir regras de apresentação e formatação indicadas pela instituição. No caso da ECA, o trabalho deve ser feito segundo as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Essas normas têm por objetivo facilitar a comunicação científica, pois possibilitam a identificação (e a verificação da informação) de cada documento consultado e citado durante a feitura do trabalho.

No entanto, esta é uma tarefa meio árida, às vezes trabalhosa, não por outro motivo, é deixada para o final ou encarregada a terceiros, gente especializada nesse tipo de trabalho.

Hoje, porém, há ferramentas que prometem facilitar essa etapa da pesquisa científica.

Há softwares gratuitos, como o Monografando, que prometem “facilitar a vida de quem está fazendo o seu trabalho de conclusão de curso ou a sua monografia”.

Há os gerenciadores de referências, que criam de forma automática a lista de referências e as citações no momento da escrita do trabalho, no estilo de citação escolhido. São fáceis de usar e aqui na Biblioteca da ECA ainda oferecemos uma ajudinha, pois quem quiser aprender a usar o EndNote Basic, um dos mais populares desses programas, pode agendar um horário com a gente, por aqui http://www3.eca.usp.br/biblioteca/servicos/treinamentos

Quinn Dombrowski

Foto: Quinn Dombrowski, Flickr

Os bibliotecários estão atentos a essa necessidade dos pesquisadores. Em nosso blog, por exemplo, os posts que ensinam a fazer citações e referências de filmes e músicas estão entre os mais lidos.

O Sistema Integrado de Bibliotecas da USP preparou as Diretrizes para apresentação de dissertações e teses da USP, “com o objetivo de auxiliar a estruturação e organização dos textos”. São orientações que têm por base as normas da ABNT que tratam de trabalhos acadêmicos. O documento também está disponível para download segundo as normas da American Psychological Association (APA), International Organization for Standardization (ISO) e o estilo Vancouver.

A USP oferece acesso ao Target GEDWeb, que tem em seu acervo as normas da ABNT para trabalhos acadêmicos e várias outras normas do Brasil e do Mercosul. O acesso pode se dar nos computadores da USP ou remotamente via VPN.

Mas, se ainda precisar de ajuda, aqui na Biblioteca da ECA oferecemos, para a comunidade ecana, atendimento para esclarecimentos de dúvidas sobre elaboração de referências bibliográficas e citações. É só aparecer e procurar por um dos bibliotecários do serviço de atendimento.


Minhas citações: acompanhe as citações de suas publicações

13/10/2014

Para possibilitar que os autores acompanhem o alcance de suas produções, o Google Acadêmico dispõe de interessante recurso o Minhas Citações, em que é possível acompanhar as citações de seus artigos, verificando quem cita suas publicações. O Minhas Citações também permite que você visualize gráficos e métricas de citações.

Para usá-lo é preciso criar um perfil no Google acadêmico e, se você desejar, pode torná-lo público. Assim quando alguém pesquisar pelo seu nome no Google acadêmico irá recuperar o seu perfil, que poderá trazer informações como sua titulação, filiação institucional, área de interesse, uma listagem com suas publicações e também uma homepage de sua escolha, que pode ser o link para seu currículo Lattes, por exemplo.

Agora iremos mostrar como criar um perfil no Google acadêmico e utilizar o recurso de monitoramento de citações. Tanto a criação como a manutenção do perfil é bastante simples e rápida. Veja:

 

 


Citando música

01/07/2011

Para a Associação Brasileira de Normas Técnicas, os elementos essenciais da referência de um documento sonoro são: compositor(es) ou intérprete(s), título, local, gravadora ou equivalente, data e especificação do suporte.

Curiosamente, a ABNT indica como essenciais elementos típicos de obras musicais, embora nem todo documento sonoro seja uma gravação de música. Seria mais adequado indicar “autor”, mais genérico do que “compositor”.

Mas vamos começar por um exemplo de disco de música, de um único autor, referenciado com os elementos principais:

BRAHMS, Johann. Songs without words. Intérpretes: Mischa Maisky, Pavel Gilivov.  Hamburg: Deustche Grammophon, c1997. 1 CD.

Neste exemplo, foi necessário buscar algumas informações no rótulo e no encarte do CD: prenome do compositor, local e data. A norma permite que sejam acrescentadas informações complementares, caso seja necessário identificar melhor o documento. Por exemplo:

BRAHMS, Johann. Songs without words. Mischa Maisky, violoncelo; Pavel Gilivov, piano.  Hamburg: Deustche Grammophon, c1997. 1 CD (68 min), DDD.

Embora a ABNT não dê exemplos de música erudita, sugerimos a indicação dos nomes dos intérpretes seguidos pelo instrumento que executam. Nesse caso, não é necessário escrever “intérpretes” antes dos nomes. DDD, AAD e ADD são dados técnicos da gravação.

Neste outro caso, temos o disco de um grupo musical, interpretando peças musicais de vários autores.


VOZ ATIVA MADRIGAL. Dominus: música sacra a capella: composições brasileiras dos séculos XX e XXI. Regente: Ricardo Barbosa. Osasco: Voz Ativa, [200-]. 1 CD.

Usamos como fonte a página de rosto do encarte do CD, por estar mais completa. Tratamos o grupo Voz Ativa Madrigal como responsável principal pelo disco e fizemos a “entrada” pelo seu nome, e acrescentamos o nome do regente. Como não há nenhuma data no disco, registramos a década provável, entre [ ].

Para citar apenas uma faixa desse CD:

RODRIGO, Joaquin. Concierto de Aranjuez. In.: RAFAEL Jiménez guitar. St. Helier: Guild, c2000.  1 CD. Faixas 4-5 (22 min 43).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Uma das grandes dificuldades que temos na referenciação de gravações musicais é a correta identificação dos elementos, em especial autoria e título.

O rótulo do CD e sua capa muitas vezes apresentam esses dados de forma diferente, e nem sempre o encarte tem algo semelhante a uma página de rosto de livro. Às vezes é necessário tomar uma decisão, já que ABNT não dá esse tipo de orientação.

GRADUS AD PARNASSUM. Biber: Missa Alleluya. Schmelzer: Vesperae sollennes. Regência: Konrad Junghänel. [S.l.]: Deutsche Harmonia Mundi, [199-]; [S.l.]: BMG Music, c1995. 1 CD.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Neste exemplo, temos duas obras distintas, a Missa Alleluya de Franz Biber e a Vesperae sollenes de Johann Heinrich Schmelzer interpretadas pelo grupo Gradus ad Parnassum, sob a regência de Konrad Junghänel.

Optamos por fazer a entrada pelo nome do grupo, e registramos como título os nomes dos compositores e suas respectivas obras. Identificamos duas gravadoras, e as registramos conforme a norma prescreve. A abreviatura [S.l.] significa que não consta do disco o local de publicação.

E vamos ver como ficaria a referência de uma gravação cujo conteúdo não é musical:

BBC Brasil. O rádio no Brasil. Narração: Jader de Oliveira. Coordenação original: Luis Alfredo Hablitzel. Londres, 2005. 5 CDs.

Entramos pelo nome da instituição que produziu o trabalho. Como a gravadora é a mesma entidade, não se repete seu nome.