Por onde começar

29/04/2024

Uma dúvida muito frequente entre os pesquisadores que ainda não conhecem bem as fontes de informação que a USP oferece é: “por onde eu começo?”.

A resposta nem sempre é muito simples e depende de vários fatores, como a complexidade da pesquisa, do tipo de material de interesse, tempo disponível, grau de conhecimento de outros idiomas etc. Para ajudar com isso, nós, os bibliotecários de referência, estamos sempre à disposição.

Algumas dicas:

O básico

Se a pesquisa for de iniciação científica, TCC e até mesmo mestrado, o Portal de Busca Integrada da USP e o Portal de Periódicos da CAPES são bons lugares para fazer a primeira exploração do tema. Ambos recuperam artigos publicados em revistas acadêmicas e, em geral, trazem resultados quantitativamente bastante satisfatórios. São plataformas fáceis de entender, e as duas usam o mesmo software.

O conteúdo não é exatamente o mesmo, embora seja bastante semelhante. No Portal CAPES vamos encontrar principalmente artigos, embora também traga e-books de editoras internacionais. Na Busca Integrada da USP, além do conteúdos de revistas eletrônicas internacionais, também conseguimos acessar o catálogo dos documentos físicos das bibliotecas da USP (mesmo conteúdo do Dédalus), os periódicos do Portal de Revistas da USP (publicações editadas pela USP em acesso aberto) e o Portal de Livros Abertos (e-books de autoria de professores e técnicos da USP, também em acesso aberto).

Os dois portais oferecem recursos como: filtros de busca por tipo de documento, assunto, autor, base de dados ou biblioteca, data, idioma, nome da publicação etc; exportação de registros para gerenciadores de referências; pasta virtual para armazenar referências; alertas de busca e outros.

Além de obter textos completos de artigos em PDF, ambos auxiliam o pesquisador iniciante a descobrir as melhores fontes para levantar a literatura necessária ao seu tema. Por exemplo:

  • faça uma busca pelo assunto “women artists”
  • use o filtro Base de dados / Biblioteca na Busca Integrada da USP ou Coleção no Portal CAPES e identifique de onde veio a maior quantidade de resultados. O mesmo vale para títulos de periódicos específicos que publicam bastante sobre o assunto.

Importante:

  • são obtidos resultados melhores quando fazemos as busca em inglês, porque qualquer revista acadêmica sempre terá palavras-chaves e resumos nesse idioma
  • o acesso aos portais é aberto ao público em geral, mas isso não vale para os textos de todos os artigos. Se a revista for de acesso aberto, os artigos vão abrir; se for um título assinado pela USP ou pela CAPES, é necessário ter conexão à rede VPN da USP, ou acessar pelos computadores das bibliotecas

Para uma busca inicial e exploratório, não podemos esquecer do Google Acadêmico, também uma excelente fonte de informações.

Além do básico

Para pesquisas de doutorado, ou mesmo para quem fez buscas nesses portais de acesso mais simples e sente necessidade de avançar um pouco, o ideal é fazer busca numa base de dados especializada na área da pesquisa ou numa base de dados multidisciplinar.

Por essas bases temos acesso a conteúdos de revistas acadêmicas que foram selecionadas para integrar o conjunto de publicações por elas indexadas. Além disso, os recursos e filtros de busca são melhores e mais especializados do que os oferecidos pelos portais que recuperam conteúdos de várias bases.

A lista de bases às quais temos acesso está na página da Agência de Bibliotecas e Coleções Digitais da USP. No site da Biblioteca elaboramos uma lista de bases de interesse para as áreas da Escola de Comunicações e Artes. O pesquisador deverá sempre buscar na base da área de sua pesquisa (se houver) e também nas bases multidisciplinares como Scopus, Academic Search Premier, Web of Science, JStor e Dimensions Analytics, lembrando que uma busca inicial no Portal CAPES ou Busca Integrada da USP pode ajudar a identificar as melhores fontes.

Tão ou mais importante do que selecionar as fontes de informação é saber elaborar estratégias de busca adequadas. Vejam esses textos aqui mesmo, neste Blog:

Do tema da pesquisa aos termos de busca

O bolo de banana e a pesquisa

Em busca dos assuntos perdidos

Aqui no Blog e no canal da Biblioteca da ECA no YouTube, temos alguns tutoriais sobre o uso dos diversos recursos de pesquisa disponíveis. Se necessário, oferecemos treinamentos, que podem ser agendados pelo nosso site.


O bolo de banana e a pesquisa

08/02/2023

Ao fazer o levantamento de referências para nossa pesquisa, não é recomendável usar todos os conceitos envolvidos em nosso tema como termos de busca. Mas, por quê? Parece tão lógico fazer isso…

Bananas Foster Cheesecake
foto: Andrea Arbogast

Vou tentar explicar com um exemplo do cotidiano, para que todo mundo entenda.

Quero fazer um bolo de banana diferente. Pensei num bolo com massa amanteigada, recheio de damasco e gotas de chocolate, cobertura de creme de laranja. Vou procurar receitas, porque acabei de ter essa ideia de bolo e não conheço nenhuma. Entro no meu site de receitas predileto e faço uma busca assim:

“bolo de banana” AND “massa amanteigada” AND damasco AND “gotas de chocolate” AND “creme de laranja”

Eu já sei que colocar uma expressão entre aspas agrupa os conceitos e vai me ajudar a encontrar bolo de banana e massa amanteigada na mesma receita. Também sei que o operador booleano AND recupera receitas com todos esses ingredientes.

No entanto, como minha ideia de bolo é muito original e criativa, é provável que eu encontre uma ou duas receitas que me interessem. Ou nenhuma. Isso acontece porque elaborei uma estratégia de busca com todos os termos da minha pesquisa, portanto só vou encontrar receitas iguais a que imaginei. Se eu quiser mais opções, receitas mais detalhadas, que me ajudem a transformar minha ideia num bolo saboroso, preciso fazer uma busca mais genérica. Por exemplo:

“bolo de banana” AND “massa amanteigada”

Dessa forma, concentro minha busca aos conceitos mais importantes e aumento minhas chances de encontrar receitas, além de informações nutricionais e históricas. Para o creme de laranja, o melhor é fazer uma busca específica. Afinal, é só para a cobertura. Os outros detalhes, posso deixar de fora (em princípio). Também posso procurar bolo AND damasco, para descobrir as melhores formas de usar essa frutinha em bolos. E se acontecer de virem muitas receitas com um ingrediente que eu não aprecio (como uvas passas), posso acrescentar NOT “uvas passas” à minha estratégia. E se o meu site preferido tiver esses filtros, posso restringir minha busca às receitas veganas ou às receitas fáceis.

Resumindo: às vezes vale a pena começar a pesquisa por uma busca genérica e acrescentar termos ou filtros posteriormente, se necessário.

E não se esqueçam: não encontrar nada (ou quase nada) exatamente sobre seu tema de pesquisa não é, necessariamente, um problema. Significa que sua ideia é original e, para encontrar mais referências, basta ajustar sua estratégia de busca.


Percalços iniciais

29/08/2022

Essas dicas e alertas têm como alvo o jovem pesquisador que está fazendo sua iniciação científica, trabalho de conclusão de curso ou mesmo um trabalho de disciplina que exija pesquisa. São questões que os bibliotecários percebem, mas que, às vezes, escapam aos alunos e orientadores.

Nem todo o tema importante já foi suficientemente pesquisado e gerou referências. Os alunos perguntam: “Mas por que tem tão pouca bibliografia? Não deveria ter mais?”. Bem, o problema é que, talvez, ainda não tenha dado tempo das pesquisas serem publicadas, saírem em revistas ou livros. Ou, talvez, o material já tenha sido publicado, mas não chegou às bibliotecas. As bibliotecas deveriam ter recursos para manter seu acervo perfeitamente atualizado, mas a vida não é assim.

Nem tudo está disponível online, ou muito bem organizado numa biblioteca perto de você. Alguns temas vão exigir consulta em acervos antigos, mal conservados e de difícil acesso.

foto: Jane Thaler

Direitos autorais existem, e se aplicam também aos trabalhos acadêmicos. Isso significa que você não vai poder copiar um livro inteiro, por exemplo, do acervo de uma biblioteca. E talvez não consiga obter cópias daquele acervo de manuscritos ou de fotografias que você precisa estudar.

O tema de sua pesquisa não é o melhor termo de busca. Se você digitar uma frase que represente seu tema numa base de dados ou num buscador de internet, provavelmente vai conseguir um resultado ruim. Identifique os conceitos principais, transforme-os em palavras-chaves e procure por eles. Leia o post Do tema da pesquisa aos termos de busca, aqui mesmo neste blog.

Você vai precisar ler muitos textos que não são exatamente o que você procura. Um livro de assunto mais geral ou artigos de tema semelhante podem ajudá-lo a encontrar referências interessantes. Leia enquanto pesquisa.

Normalização não é o monstro que parece e, provavelmente, você não vai precisar pagar ninguém para formatar seu trabalho e fazer suas referências e citações. Os bibliotecários vão ajudar bastante.

Conheça sua biblioteca e consulte os bibliotecários logo no início do trabalho, para saber quais são os recursos disponíveis e que tipo de ajuda você terá quando precisar. Você vai descobrir muita coisa útil e interessante.


Onde mesmo eu encontro…

24/11/2020

Teses online?
TCCs?
Artigos acadêmicos?

Já escrevemos bastante aqui neste blog, mas não custa fazer uma revisão, não é mesmo? Então, vamos lá.

Teses e dissertações

No catálogo das bibliotecas da USP, o Dédalus, você vai encontrar todas as teses e dissertações defendidas na nossa universidade, online ou impressas. Procure por título, autor, orientador, assunto etc . Para uma busca mais precisa, selecione a base de dados Teses, no canto inferior direito da página.

Os trabalhos mais recentes – a partir de 2006, aproximadamente – estão disponíveis em pdf. É só clicar no link que aparece no Dédalus e baixar. O acesso é livre para qualquer interessado. Teses mais antigas não estão digitalizadas. Para ter acesso a esse material, só quando for possível voltarmos ao trabalho presencial. Não podemos digitalizar essas teses e enviar, por enquanto, porque isso significaria expor funcionários ao contágio.

Para localizar trabalhos defendidos em outras instituições brasileiras, a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações do IBICT ajuda bastante. As bases PQDT Open e EBSCO Open Dissertations são boas fontes para teses de outros países.

Trabalhos de Conclusão de Curso

O Dédalus também é a fonte. Para recuperar apenas os TCCs de determinados autores ou assuntos, é só usar o filtro Tipo de material, no cantinho inferior esquerdo da tela. Mais detalhes nestes posts:

Como pesquisar TCCs no Dédalus

Acesso aos TCCs

E-books

De acesso aberto, temos o Portal de Livros Abertos da USP, que reúne material de autoria de docentes e funcionários, além desse ótimo levantamento preparado pela Biblioteca da Universidade Federal de Santa Catarina.

No Portal de Busca Integrada da USP temos um link para os Livros Eletrônicos assinados pela USP. E vale a pena dar uma olhada na plataforma Minha Biblioteca, embora o conteúdo que assinamos seja, majoritariamente, da área da saúde. Mas, atenção: para acessar recursos assinados, você precisa instalar o programa e se conectar ao VPN da USP.

Artigos acadêmicos

Para localizar e ler artigos acadêmicos publicados nas melhores revistas internacionais da sua área de pesquisa, há duas possibilidades. A conexão VPN da USP é necessária em ambos os casos.

Caso você tenha interesse num periódico específico, procure na lista de Revistas Eletrônicas e procure pelo título. O sistema vai mostrar onde acessar a revista. Observe que, em alguns casos, o mesmo título está em vários locais, com períodos de abrangência diferentes, como no exemplo da Cinema Journal:

Para fazer uma busca em diferentes revistas e localizar artigos por assunto ou autor, acesse uma das bases de dados assinadas pela USP ou pela CAPES.

Portal de Periódicos CAPES

Bases de dados da Aguia

Algumas dessas bases são especializadas numa área, tais como: Art Full Text, LISA: Library and Information Science Abstracts, RILM Abstracts of Music Literature, Business Source Complete, Project Muse, Classical Scores Library etc. Há também excelentes bases de dados multidisciplinares, como Scopus, Web of Science, Academic Search Premier e JStor.

Neste blog publicamos diversos textos com orientações sobre bases de dados nas diversas áreas da ECA.

Comunicações, Relações Públicas e Turismo

Música

Biblioteconomia e Ciência da Informação

Artes Cênicas

Audiovisual

Artes Visuais

Outra opção é fazer uma busca pelo assunto de seu interesse no Portal CAPES ou no Portal de Busca Integrada da USP e descobrir quais são as fontes de informação que trazem os melhores resultados. Os dois portais têm filtros que mostram de qual base vieram os resultados. Experimentem!

Para saber mais

Se você precisar de ajuda ou mais informações sobre o uso desses recursos, acesse nossa página de treinamentos e marque uma conversa (remota) conosco. E nosso canal no YouTube tem tutoriais em vídeo sobre alguns desses recursos.


Fontes de informação em Artes Cênicas

11/05/2020

Esta é uma área para a qual ainda não temos assinatura de bases de dados especializada, mas o pesquisador pode contar com ótimas fontes multidisciplinares. Vamos dar uma olhada em algumas delas.

foto: miriam.mollerus

Portal de Periódicos CAPES

Uma busca pelo assunto “street theater” no Portal traz, hoje, 7153 referências, a maioria deles das bases Gale Academic One File e Scopus. Aí já temos uma boa pista sobre quais bases disponíveis no Portal podem ser mais úteis para as pesquisas nessa área.  Podemos também examinar a lista de revistas que publicaram sobre esse assunto.

Academic Search Premier

Nessa base multiscisplinar da EBSCO também podemos encontrar literatura acadêmica para a área. Vamos acessar a lista de assuntos da base e buscar por “theater”, por exemplo.

Encontraremos várias páginas de palavras-chaves contendo esse termo, como: THEATER production & direction; THEATER — Religious aspects — Christianity; POLITICAL theater; JEWISH theater; CHILDREN’S theater; THEATER education; YIDDISH theater; ART & theater; ARENA theater; THEATER for the deaf ; LITTLE theater movement; THEATER research; THEATER rehearsals; THEATER patronage; OPEN-air theater; UNDERGROUND theater e muitas outras. 

A base Academic Search Premier também faz parte do Portal CAPES.

Project Muse

Mais uma base interessante que traz, apenas na categoria Film, Theater, and Performing Arts, 9786 documentos com texto completo disponível para download.




 

Lembrando: para acessar os recursos citados é necessário estar conectado à VPN da USP. Clique aqui para ver como se faz. 

Dúvidas? Fale conosco, é só mandar um e-mail para ecabiblioteca@usp.br.

E preencha nosso questionário, para nos ajudar a planejar outros serviços à distância.

 


Fontes para pesquisa: Microsoft Academic

03/02/2020

O Microsoft Academic (MA) é um serviço que está disponível desde 2008. Apesar disto, não é uma ferramenta tão conhecida como o Google Scholar, Web of Science ou Scopus. O intuito deste post é apresentar o Microsoft Academic como uma fonte alternativa para sua pesquisa.

 

 

Estudos bibliométricos como este apontam que o Microsoft Academic possui uma cobertura um pouco menor que o Google Scholar, mas maior que Web of Science e Scopus.

Algumas funcionalidades chamam a atenção:

  • Interpretação semântica da pesquisa, como no exemplo pela busca por “the arts university of sao paulo”. O Microsoft Academic interpreta “the arts” como tópico de pesquisa e “university of sao paulo” como instituição com isso torna o resultado de busca mais preciso.  As facetas que o MA interpreta são: Autor, Instituição, Título da publicação, Título do periódico, Tópico e Nome do evento.

 

  • Sistema de navegação e filtros, que permite navegar por tópicos e entender a cobertura e características deste tópico na base. Exemplo: Art history

Vale a pena considerar o Microsoft Academic como fonte em sua pesquisa.

 

 

 

 

 

 


Mais 10 coisas para não fazer durante a pós-graduação

11/02/2019

Este post foi inspirado no texto 10 coisas que você não deve fazer em sua tese ou dissertacao, publicado no Blog do Pós-Graduando, de 2013, que ainda circula muito por aí. Fizemos uma versão incluindo o conceito de biblioteca, que consideramos útil para os pesquisadores.

1. NÃO PROCASTINE SUA IDA À BIBLIOTECA

O momento ideal para visitar sua biblioteca, aprender a consultar os catálogos, descobrir os recursos disponíveis, conhecer os bibliotecários e saber como eles podem ajudá-lo é no primeiro mês de aulas, antes de começar a pesquisa. Se você deixar para conhecer a biblioteca só quando seu orientador reclamar das suas referências e leituras, vai sofrer desnecessariamente. Acredite, uma das frases que os bibliotecários mais escutam é “por que eu não passei por aqui antes?”.

2. NÃO SEJA UM ILUDIDO

A ideia de que está tudo online e as bibliotecas e arquivos físicos não são mais necessários é um equívoco. Provavelmente você vai precisar de livros que só saíram em papel e que ninguém fez a gentileza de digitalizar. Dependendo da sua área de estudo, talvez tenha que consultar enormes arquivos de documentos impressos sem qualquer organização, se deslocar até outras cidades (ou países) e inalar muito poeira de papel antigo.

foto: Marino González (Flickr)

3. NÃO ECONOMIZE NA BUSCA DE ARTIGOS

Antes de ler muitos artigos, você vai precisar encontrá-los. E artigos não caem do céu, embora muitos estejam na nuvem. Lembre-se de que sua universidade provavelmente assina revistas em formato eletrônico e bases de dados para busca de artigos em milhares de títulos de periódicos, e nem sempre você vai encontrar todos esses conteúdos procurando só no Google Acadêmico. Peça informações sobre isso na sua biblioteca, mesmo que você ache que já tem tudo o que precisa. Talvez você nem precise ir pessoalmente até a biblioteca, muitas delas atendem por e-mail, telefone, chat…

 

4. NÃO TENHA MEDO DA ABNT (NEM DAS NORMAS DA APA, VANCOUVER OU CHICAGO)

Normalização não é muito simples mesmo, mas não é nenhum bicho-de-sete-cabeças. Basta entender e ter um pouco de paciência. Na maioria das bibliotecas universitárias há profissionais que podem ajudá-lo a entender isso tudo, manuais explicativos etc. Bibliotecários sabem lidar bem com essas coisas e também podem apresentá-lo aos gerenciadores de referências (Mendeley, Endnote etc), que descomplicam bastante a vida. Muitas bibliotecas até oferecessem treinamentos e aulas sobre essas ferramentas.

E sim, há várias outras normas além da ABNT, veja qual a sua instituição adota.  Atenção ao submeter artigos para revistas, veja qual é a norma adotada pela publicação.

5. NÃO SUPONHA QUE UMA INFORMAÇÃO EXISTA

Mas como ninguém escreveu nada sobre isso? Não é possível que não tenha nada na internet… Como esta biblioteca não tem esse material? Vou ter que ir até Portugal para consultar um arquivo?

Pois é, muitos pesquisadores se desesperam ao descobrir que fontes de informação, publicações ou acervos organizados que “tinham de existir” não estão acessíveis, ou custam caro ou simplesmente não existem. Ao escolher um tema de pesquisa, é importante verificar quais são os recursos informacionais disponíveis e o que será necessário para ter acesso a eles.

6. NÃO CONFIE CEGAMENTE NO QUE VOCÊ NÃO LEU

As citações de citações podem ser armadilhas que escondem e perpetuam indefinidamente erros de interpretação. Não abuse dos apuds no seu texto, procure sempre encontrar a fonte original, mesmo que dê trabalho. Os bibliotecários também podem ajudar com isso .

7. NÃO ACREDITE EM TUDO QUE SEUS COLEGAS AFIRMAM

Sim, você fez a lista de referências e a página de rosto do jeitinho que seu colega que já é doutor fez. Mas está errado. Ah, seu orientador garantiu que a biblioteca tem todos esses livros. Mas não tem, nunca teve. Para ter informações precisas sobre normalização ou disponibilidade de materiais no acervo, o mais seguro é consultar o pessoal da biblioteca. E seus catálogos.

8. NÃO ATRASE A ENTREGA DO MATERIAL DA BIBLIOTECA

Cuidado! Muitas bibliotecas cobram multas pela entrega fora do prazo, mas muitas fazem pior: aplicam suspensões de acordo com o tempo de atraso e a quantidade de itens atrasados. Você corre o risco de ficar sem acesso aos empréstimos em momentos cruciais do seu trabalho. Informe-se sobre o regulamento da sua biblioteca: prazos, quantidades, possibilidade de renovação dos empréstimos, penalidades etc. Peça uma cópia do regulamento, veja se está disponível no site ou exposto no mural.

9 . NÃO DEIXE DE INTERAGIR COM SUA BIBLIOTECA

Se você não for à biblioteca de vez em quando, se não acessar seu site ou perfis nas mídias sociais, dificilmente vai descobrir que aquele acervo importante ou aquele serviço que você precisa está lá. Fale com os bibliotecários, pergunte, mande e-mail, siga no Twitter ou Facebook (se a biblioteca tiver), telefone, insista. Não tenha receio de incomodar, responder às suas perguntas é a parte mais importante do trabalho dos bibliotecários.

10. NÃO BRIGUE COM A SUA BIBLIOTECA

Mas brigue por ela. Se falta pessoal, espaço, acervo ou atenção, reclame e reivindique. Fale com a chefia, mande carta para o diretor. Ter uma boa biblioteca é um direito seu e uma obrigação da instituição de ensino.


Planeje sua pesquisa

08/10/2018

Compreender a pesquisa acadêmica como um todo integrado por diferentes fases é essencial ao desenvolvimento do trabalho dentro do período estabelecido. Neste post apresentamos diferentes fases que compõem o trabalho de pesquisa, destacando a importância de seu planejamento.

Caso queira salvar o pdf com essas informações, clique aqui.

Até o dia 24 de dezembro de 2018 a USP está com acesso, por meio de trial, a Sage Research Method , uma biblioteca de métodos que abrange mais de 1.000 livros, obras de referência e trabalhos, incluindo casos práticos de projetos de pesquisa reais; mais 120 guias de conjuntos de dados criados para ajudar os alunos a dominarem a análise de dados através de treinamento prático; e uma coleção de mais de 484 vídeos que dão vida aos métodos de pesquisa, estatística e avaliação.

Esse post foi escrito a partir de orientações disponibilizadas na base Sage Research Method.


SciVal: números e mapas da ciência

18/09/2017

SciVal oferece um conjunto de ferramentas de análise da pesquisa científica, úteis para definições da política institucional. Por meio de indicadores bibliométricos, mapas e gráficos, pode-se comparar instituições, grupos, áreas de pesquisa, publicações etc.

A fonte de dados em que se baseia o SciVal é a base de dados Scopus, da qual falamos semana passada aqui no blog.

O SciVal possui quatro módulos principais: Overview, Benchmarking, Collaboration e Trends.

Em Overview é possível ter uma visão panorâmica da sua instituição, área de pesquisa sob aspectos como número de publicações, citações, colaboração internacional etc.

É possível, por exemplo, saber quanto da produção da USP apareceu nas mais citadas publicações.

Nesse mesmo módulo, há lista de artigos mais citados, colaboradores mais frequentes, autores mais prolíficos ou mais citados de determinada área etc.

O módulo Benchmarking permite avaliar a performance de uma área, instituição etc. comparada com outras equivalentes.

Por exemplo, abaixo, um gráfico mostrando o número de publicações ano a ano para a área de biblioteconomia e ciência da informação, no mundo, no Brasil e na USP.

Esse outro gráfico mostra o fator de impacto das três universidades estaduais paulistas em comparação com a média nacional.

O módulo Trends serve para avaliar vários aspectos das áreas acadêmicas. No gráfico abaixo há uma análise da área de turismo em palavras-chaves, é possível ter uma ideia de que assuntos estão em alta ou atraindo menos interesse.

Muitas outras análises são possíveis, e mesmo que você não faça parte do grupo que decide as políticas e rumos de um departamento, programa, escola, pode tirar proveito.


Wiley Online Library

03/07/2017

A USP oferece o acesso à Wiley Online Library, uma coleção multidisciplinar de recursos online abrangendo, dentre outras, as áreas de ciências sociais e  humanidades. São mais de 6 milhões de artigos de mais de 1.500 periódicos científicos, além de mais de 19 mil ebooks.

Para localizar itens de seu interesse em meio a tal vastidão informacional, a plataforma oferece opções fáceis e intuitivas para a realização de pesquisas. Também é possível consultar tutoriais sobre procedimentos de busca.No caso dos ebooks há um resumo da obra, é possível fazer a navegação por capítulos, salvá-los em pdf e também imprimir. Caso prefira, é possível fazer o download da obra completa.

Funcionalidades como exportar referências, salvar em uma pasta, enviar o link por email e criar alertas também estão disponíveis.

É possível pesquisar por termos no título da obra, texto completo, resumo, palavras-chave, dentre outras opções.

Fizemos uma pesquisa bastante superficial com termos que correspondem às áreas de estudo abrangidas pela ECA e observamos que foi recuperado um grande número de artigos e ebooks. Lembre-se que pesquisas feitas no idioma inglês recuperam maior número de registros.

O acesso à Wiley Online Library pode ser feito diretamente pela plataforma, na qual você usará as funcionalidades de pesquisa disponíveis. O link  é: http://onlinelibrary.wiley.com/

Caso prefira, o Portal da Busca Integrada também recupera os registros disponíveis na Wiley.

Em ambos os casos, é importante lembrar que o acesso se dá a partir dos computadores conectados à rede USP ou por meio do VPN.

Aproveite e bons estudos!