Fontes de informação em audiovisual

22/04/2020

Quem pesquisa cinema, televisão e linguagens audiovisuais em geral não conta, no momento, com nenhuma base de dados especializada na área dentro do universo da fontes de informação assinadas pela USP e pela CAPES.

As bases mais importantes e completas que cobrem esses assuntos são as da Federação Internacional dos Arquivos do Filme – FIAF. Nossa assinatura, lamentavelmente, foi descontinuada há cerca de dois anos. Embora nossos professores reafirmem constantemente seu interesse nesse serviço, ainda não recebemos resposta positiva da Agência USP de Gestão da Informação Acadêmica – Aguia.

Mas, embora as bases da FIAF façam falta, não estamos totalmente sem recursos. As bases de dados multidisciplinares disponíveis no Portal de Periódicos CAPES e na lista de bases da Aguia trazem muito material para a área. Vejam:

Art Full Text

Base especializada em artes, inclui cinema e fotografia. Dá acesso ao texto completo dos artigos em pdf e permite busca por imagens. Entre as revistas indexadas, temos: JCMS: Journal Of Cinema & Media Studies; Cinema Journal; Framework: The Journal Of Cinema & Media; Millennium Film Journal; Screen;  Journal Of Popular Film & Television; Film History; Television Quarterly;  Entertainment Design. O acesso é pelo Portal CAPES e também pelo site da Aguia, mas esse acesso eventualmente falha. Se isso acontecer, basta acessar o Portal CAPES e buscar pelo nome da base.

Para saber mais, vejam este tutorial

Academic Search Premier

Base multidisciplinar, da mesma empresa que a Art Full Text. As interfaces são muito semelhantes, ou seja, as orientações do tutorial acima são válidas para esta base. Além disso, é possível buscar em ambas ao mesmo tempo, basta clicar em Escolher bases de dados.

 

JSTOR 

A coleção Arts and Sciences da JSTOR cobre também a área de audiovisual, e inclui livros e capítulos de livros, além de artigos de revistas. Se buscarmos por Cinema OR Motion Picture usando o filtro e-books e restringindo a busca às áreas African American Studies, African Studies, American Studies, Asian Studies e Communication Studies, recuperaremos 2184 capítulos de livros. 

Project Muse

Base que reúne periódicos da área de Ciências Humanas. Traz 3355 artigos no tópico Film, Theater, and Performing Arts

Scopus

Uma das mais abrangentes e importantes bases de dados multidisciplinares, é uma importante fonte de informação acadêmica para qualquer área do conhecimento. Indexa 576 revistas da área Visual Arts and Performing Arts e 415 da área Communications e mostra o número de citações recebidas pelas publicações em cada ano.

Mais informações neste tutorial e neste outro post.

Filme B

É um portal com informações sobre o mercado de cinema no Brasil. Como só é possível o acesso a um usuário por vez, normalmente a consulta pode ser feita apenas nos computadores da Biblioteca. Nesse período, único jeito é enviar um e-mail para nós especificando a demanda. Tentaremos atender!

Portal CAPES

Reúne muitas bases de dados de todas as áreas do conhecimento e pode ser excelente fonte de informações para qualquer pesquisador. Nossa sugestão é fazer a busca pelo seu assunto específico e verificar qual das bases do Portal traz o melhor resultado. Por exemplo, se estamos fazendo uma pesquisa sobre mulheres cineastas, podemos digitar na busca por assunto do portal a expressão “women filmmakers“. Assim mesmo, em inglês e entre aspas. Os filtros por Coleção e Título do periódico, no lado esquerdo da tela, mostram quais bases de dados e revistas publicaram o maior número de artigos sobre o tema. Descobrimos até que existe uma revista chamada Feminism, Culture, and Media Studies, que pode ser muito interessante para quem estuda o tema.

 

Acesso

Todas as fontes de informação citadas são de acesso restrito, assinadas pela USP ou pela CAPES. Portanto, para consultá-las e abrir o texto completo dos documentos, é necessário estar conectado à rede VPN da USP. Saiba como fazer isso neste link. É simples.

Mas também existe muita informação de acesso aberto circulando por aí. Por exemplo:

DOAJ – Directory of Open Acess Journals

Portal de Revistas da USP

Produção USP   – Obs.: nem tudo é de acesso aberto

Redalyc – Red de Revistas Cientificas de America Latina y el Caribe,España y Portugal

Dúvidas, dicas, ajuda? Já sabem, não? Falem conosco pelo e-mail ecabiblioteca@usp.br. A Biblioteca está fechada, mas os bibliotecários estão trabalhando em casa.


As bibliotecas e a memória do cinema

18/03/2019

A matéria de Ieda Marcondes (*) sobre o risco de desaparecimento de filmes importantes como consequência do “salto tecnológico” para plataformas de streaming, publicada na Folha de São Paulo, chamou a atenção dos bibliotecários da ECA. Segundo Ieda, citando Jan-Christopher Horak, diretor do Arquivo de Filme e Televisão da Universidade da Califórnia, a atualização dos suportes sempre deixa para trás de 15 a 20% dos filmes em circulação. Ou seja, boa parte dos filmes que a gente alugava nas velhas videolocadoras não estarão disponíveis na Netflix e congêneres.

Isso ocorre porque nem todo filme tem suficiente apelo comercial para interessar a essas empresas, mesmo que seja um clássico imprescindível que todo estudioso do cinema deveria conhecer. Se for uma obra mais ou menos obscura, experimental ou “difícil”, pior ainda. Prova disso, continua Ieda em seu artigo, é a decisão da Warner de fechar o Filmstruck, serviço que mantinha obras de cineastas como John Ford, François Truffaut, Federico Fellini e Yasujiro Ozu.

Qual seria solução para isso? A mesma que já existe para livros antigos, esgotados, sem interesse comercial mas com muita relevância cultural: as bibliotecas. Bibliotecas costumam manter acervos de livros com essas características, conservá-los e até, quando a legislação e as condições práticas permitem, digitalizá-los.  Entretanto, ainda são relativamente poucas as bibliotecas brasileiras que têm coleções importantes de filmes, organizadas, catalogadas e acessíveis ao público. Diante do quadro atual em que a atuação das bibliotecas pode contribuir para manter acessíveis obras em risco de esquecimento, é importante que nossas bibliotecas passem a se dedicar mais ao desenvolvimento de acervos de filmes.

Rolos de filme no acervo da Biblioteca da ECA

Nesse aspecto, a Biblioteca da ECA se destaca. Nossa biblioteca sempre foi, desde sua criação, uma biblioteca de filmes. Nossa primeira grande missão na área foi a guarda, catalogação e conservação dos filmes produzidos pelos alunos do curso de cinema da ECA, hoje Audiovisual. Posteriormente, com a popularização dos suportes para distribuição doméstica de filmes, começamos a montar uma coleção voltada para as necessidades dos cursos da Escola que usam filmes em suas atividades de ensino e pesquisa. O acervo está todo catalogado e registrado na base de dados Filmes e vídeos – acessível pelo nosso site – e no banco de dados Dédalus (parcialmente). Chegamos a desenvolver uma metodologia específica para tratamento de nosso acervo de imagens em movimento, disponível para download no Portal de Livros Abertos da USP.

Nosso acervo contém filmes de todos os cineastas citados no artigo da Folha e muitos outros, alguns até bem pouco conhecidos pelo público não especializado. Temos, por exemplo: caixa com os filmes de John Ford, F. W. Murnau e Frank Borzage produzidos pela 20th Century Fox; edição comemorativa dos 100 anos de Manoel de Oliveira, contendo 21 filmes; filmes underground de Andy Warhol; filmes brasileiros da Programadora Brasil, coleção Cinema Brasileiro Contemporâneo, com filmes brasileiros recentes.

Recebemos, com alguma frequência, doações de filmes feitas pelos próprios diretores ou produtores, como foi o caso de Evaldo Mocarzel, que doou 23 filmes que dirigiu, e doações de escolas de cinema brasileiras e estrangeiras.

Nossa coleção de vídeos em VHS, que começamos a formar em 1987, é conservada com cuidado. O acervo em vídeo gerado na própria Escola foi, quase todo, copiado para DVD. Outras providências estão sendo tomadas para garantir a sobrevivência desses arquivos, mas os originais em vídeo, bem como os aparelhos para sua reprodução, ainda serão mantidos.

Recebemos, com bastante frequência, estudantes e pesquisadores interessados em assistir filmes que não localizaram em outras fontes, aí incluídas plataformas de streaming e site de torrents. Nosso velho e sofrido acervo de vídeos já ajudou muitos cinéfilos aflitos, mas também já tivemos, infelizmente, muitas demandas que não pudemos atender.

O avanço da tecnologia trouxe, aqui mesmo na ECA, efeitos inesperados. Enquanto a produção do curso de Audiovisual era em película cinematográfica em 16 ou 35 mm, as cópias eram enviadas à Biblioteca, que mantinha atualizado o catálogo desse acervo tão importante. Mesmo depois que, para garantir melhores condições de conservação, os filmes mais antigos foram depositados na Cinemateca Brasileira, as informações de catálogo continuaram disponíveis nas bases de dados mantidas pela Biblioteca da ECA. A partir do momento em que os filmes começaram a ser produzidos em suporte digital, o material deixou de ser enviado regularmente à Biblioteca. Temos em nossos catálogos produções do curso de Audiovisual apenas até o ano de 2013. Não conseguimos informar, como fazíamos antigamente, sobre a totalidade dos filmes produzidos pelo curso. Mas, as negociações para revolver esse problema estão avançadas e acreditamos que, em breve, o fluxo normal será retomado e voltaremos a catalogar os filmes de produção da ECA.

Enquanto isso, vejam a lista parcial de Trabalhos de Conclusão de Curso da ECA em forma de filme ou vídeo, incluindo produções dos cursos de Jornalismo e Artes Visuais.

(*) A matéria da Folha de São Paulo é acessível apenas para assinantes. A consulta é possível pelos computadores da Biblioteca, basta solicitar o acesso aos funcionários.

 

 

 

 

 


Teste Bechdel-Wallace: representatividade feminina no cinema

28/08/2017

Que tal assistir a um filme que tenha no mínimo 2 personagens mulheres, devidamente nomeadas, conversando entre si sobre um assunto que não seja “homens”.

Aparentemente simples? Ou complexo?

Bem, para a cartunista americana  Alice Bechdel não parecia algo que se encontra facilmente nos filmes. Em 1985, ela fez uma tirinha para sua série Dykes to watch out for na qual aqueles que viriam a tornar-se os critérios do Bechdel-Wallace teste apareceram pela primeira vez.

Alice explica que a tirinha foi feita inspirada em conversa com sua amiga Liz Wallace, que lhe deu a ideia.

Nos anos 2000, os 3 critérios apresentados pela personagem tornaram-se constitutivos daquele que ficou conhecido como Teste Bechdel-Wallace, que confere aos filmes um selo de aprovação. A ideia é de Ellen Tejle, sueca diretora de uma sala de cinema que, em 2013, passou a usar um selo para marcar os filmes em cartaz que passaram no teste. Além de colar adesivos nos pôsteres, Ellen inseriu uma vinheta nos traillers e divulgou material na internet para disseminar a ideia.

Atualmente o selo do “A-list movement” – referência aos filmes aprovados –  está presente em 10 países: Brasil, China, Itália, França, Reino Unido, Canadá, Austrália, Alemanha, Romênia, Albania, Turquia, Islândia e em 30 cinemas na Suécia.

No site Bechdel test movie list é possível que os usuários adicionem títulos de filmes, informando se o mesmo passa ou não no teste. Outros usuários, podem contra argumentar.

O teste Bechdel-Wallace  levanta discussões. Há aqueles que o critiquem por ser demais simplista acenando para a importância de que outros parâmetros sejam adotados. Entretanto, a iniciativa choca ao fazer com que constatemos que em muitos filmes realmente não há uma única cena com duas personagens mulheres, com nome, conversando entre si sobre algo além de homens.

O teste sem dúvidas traz à tona a importância de se pensar a representatividade feminina no cinema. Se os filmes comunicam é importante refletirmos sobre quais mensagens estão sendo transmitidas à nossa sociedade. Quais são as questões inerentes a vida das mulheres e quais lugares estas ocupam na sociedade que é  representada na tela dos cinemas que espelham, em certo grau, a vida real.

E os filmes que compõem o acervo da Biblioteca da ECA? Será que passam no teste? Quem quiser se aventurar adicione um comentário na seção Comentários deste post. 😉

Para saber mais: http://www.a-listfilm.com/


65 filmes dirigidos por mulher

16/11/2015

Anna Muylaert, cineasta com um longa de sucesso em cartaz, declarou ao G1 que “mulher que faz sucesso é entendida como perigosa“. E afirmou ao Terra que nunca sentiu tanto o machismo quanto agora, que é diretora.

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Kathryn Bigelow foi a primeira mulher a receber um Oscar de melhor direção, e isso aconteceu apenas em 2010. Além dela, só outras 3 mulheres foram indicadas a esse prêmio, Lina Wertmüller (1976), Jane Campion (1993)  e Sofia Coppola (2003).

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Em nosso acervo de filmes as mulheres diretoras estão bem representadas, embora também sejam minoria em relação aos homens. Da Ana Muylaert, que estudou na ECA, temos os dois primeiros longas Durval Discos  e É proibido fumar. Da pioneira Ida Lupino, citada por Martin Scorsese em seu Uma viagem pessoal através do cinema americano (DVD1956/7), temos The Hitch-Hiker.  Leni Riefenstahl também está presente com O triunfo da vontade, documentário de propaganda oficial do regime nazista. Suzana Amaral, também ex-aluna e ex-docente da ECA, Laís Bodansky, Lúcia Murat e Tata Amaral são outros nomes de mulheres brasileiras cineastas cujo trabalho está representado na coleção da Biblioteca da ECA.

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Ida Lupino

 

Lucia Murat Filme: Uma Longa Viagem Local: Cine Sesc Data: 28/10/2011 Foto: Aline Arruda / Agência Foto

Lucia Murat

Tata Amaral

Tata Amaral

Preparamos uma lista com filmes de longa-metragem, mas também temos muitos curtas dessas diretoras no acervo. Procurem no catálogo de Filmes e Vídeos disponível em nosso site.

Lista de filmes:

Aboio. Rocha, Marilia. Brasil, 2005, 73 min

Amélia. Soares, Ana Carolina Teixeira. Brasil, 2000, 125 min

Amores possíveis. Werneck, Sandra. Brasil, 2000, 93 min

Através da janela. Amaral, Tata. Brasil, 1999, 84 min

Benjamim. Gardenberg, Monique. Brasil, 2003, 108 min

Bicho de sete cabeças. Bodanzky, Laís. Brasil, 2000, 88 min

Brava gente brasileira. Murat, Lúcia. Brasil, 2000, 104 min

Carlota Joaquina princesa do Brazil. Camurati, Carla. Brasil, 1994, ca.100 min

Carmen Miranda: bananas is my business. Solberg, Helena. Brasil / Estados Unidos, 1994, 91 min.

O casamento de Louise. Paula, Betse de. Brasil, 2001, 80 min

Um céu de estrelas. Amaral, Tata. Brasil, 1996, ca 80 min

Chega de saudade. Bodanzky, Laís. Brasil, 2007, 95 min

Cléo de 5 à 7. Cléo das 5 às 7. Varda, Agnès. França / Itália, 1962, 90 min

Construção. Gutierrez, Maria. Brasil, 2008, 9 min

Copacabana. Camurati, Carla. Brasil, 2001, ca.90 min

Das tripas coração. Soares, Ana Carolina Teixeira. Brasil, 1982, ca.100 min.

Depois do transe. Rocha, Paloma de Melo Silva. Pizzini, Joel. Brasil, 2005, 114 min

Le dernier caravansérail (odyssées). Mnouchkine, Ariane. França, 2006, 270 min

Doces poderes. Murat, Lúcia. Brasil, 1996, 98 min

Dom Helder Câmara: o santo rebelde. Bauer, Erika. Brasil, 2004, 73 min

Durval Discos. Muylaert, Anna. Brasil, 2002, 93 min

O ébrio. Abreu, Gilda de. Brasil, 1946, 126 min

Europa Europa. Holland, Agnieszka. Alemanha / França, 1986, 115 min

Feijão com arroz. Marinho, Daniela. Brasil, 2009,

Frei Tito. França, Marlene. Brasil, 1983, 16 min

The Hitch-Hiker. Lupino, Ida. Estados Unidos, 1953, 70 min

A hora da estrela. Amaral, Suzana. Brasil, 1985, 96 min

Hotel Atlântico. Amaral, Suzana. Brasil, 2009, 107 min

Infinitamente Guiomar Novaes. Bengell, Norma. Brasil, 2003, 142 min

A invenção da infância. Sulzbach, Liliana. Brasil, 2000,

Irma Vap, o retorno. Camurati, Carla. Brasil, 2006, 84 min

Justiça. Ramos, Maria Augusta. Brasil / Holanda, 2004, 107 min

Kenoma. Caffé, Eliane. Brasil, 1999, 110 min

Die Klage der Kaiserin. Bausch, Pina. Alemanha / França, 1990, 74 min. XDVD0485(circula)

Mansfield Park. Rozema, Patricia. Grä-Bretanha, 1999, 112 min

Mar de rosas. Soares, Ana Carolina Teixeira. Brasil, 1977, 99 min.

Mazel Tov. Lerner, Jaime; Seligman, Flávia. Brasil, 1990, 14 min

Meninas. Werneck, Sandra. Brasil, 2005, 71 min

Mil e uma. Moraes, Susana. Brasil, 1994, 90 min

Mina de fé. Bezerra, Luciana. Brasil, 2004, 15 min

Molière. Mnouchkine, Ariane. França / Itália, 1978, 244 min

Mulheres do Brasil. Martino, Malu de. Brasil, 2006,

Mutum. Kogut, Sandra. Brasil, 2007, 90 min

Narradores de Javé. Caffé, Eliane. Brasil / França, 2003, ca. 102 min

Ó paí, ó. Gardenberg, Monique. Brasil, 2007, 98 min

Ori. Gerber, Raque. Brasil, 1989, 53 min

Palavra (En)cantada. Solberg, Helena. Brasil, 2009, 84 min

Pão com mortadela. Castro, Georgina; Mello, Marcos. Brasil, 2009, 15 min

Um passaporte húngaro. Kogut, Sandra. Brasil / França / Bélgica / Hungria, 2003, 71min

Pequeno dicionário amoroso. Werneck, Sandra. Brasil, 1997, 91 min

The piano.  Campion, Jane. França / Austrália, 1993, 122 min

Quanto mais manga melhor. Lavalle, Michele. Brasil, 2007, 17 min

Quase dois irmãos. Murat, Lúcia. Brasil, 2003, 102 min

Que bom te ver viva. Murat, Lúcia. Brasil, 1989, 100 min

Tambours sur la digue. Mnouchkine, Ariane. CIXOUS, Hélène. França, 2003, 136 min

Terra do mar. Martinelli, Mirella; Caron, Eduardo. Brasil, 1997, 82 min

Terra para Rose. Moraes, Tetê. Brasil, 1987, 86 min

Tônica dominante. Chamie, Lina. Brasil, 2000, 80 min

Triumph des Willens. Riefenstahl, Leni. Alemanha, 1934, ca.120 min

Uma nação de gente. Hernández, Margarita; Brasil, Tibico. Brasil, 1999, 17 min

Vale a pena sonhar. Grisotti, Stela; Boehm, Rudi. Brasil, 2003, 74 min

Verdadeira história da bailarina de vermelho. Colasanti, Alessandra; Abujamra, Samir. Brasil, 2010, 15 min

A Via Láctea. Chamie, Lina. Brasil, 2007, 85 min

Vida de menina. Solberg, Helena. Brasil, 2005, 102 min

Uma vida em segredo. Amaral, Suzana. Brasil, 2001, 98 min

 

Leituras:

http://www1.folha.uol.com.br/serafina/2015/01/1578821-diretoras-brasileiras-discutem-machismo-e-papel-da-mulher-nas-telas.shtml

De Lauretis, Teresa
Technologies of gender : essays on theory, film, and fiction
Bloomington : Indiana University Press, c1987.
791.43652042 D342t

Fischer, Lucy
Shot/countershot : film tradition and women’s cinema
Princeton : Princeton University Press, c1989.
791.436520426 F529s – ECA

Kaplan, E. Ann
Women and film : both sides of the camera
London : Routledge, 1991.
791.43652042 K17w 1991 – ECA

Kuhn, Annette
Cine de mujeres : feminismo y cine
Madrid : Catedra, c1991.
791.43652042 K96wE – ECA

Kuhn, Annette
Women’s pictures : feminism and cinema
London : Routledge & Kegan Paul, 1983.
791.43652042 K96wo – ECA

Martinez de Velasco Velez, Patricia
Directoras de cine : proyeccion de un mundo obscuro
[Mexico] : Instituto Mexicano de Cinematografia, 1991
791.43 M385d – FFLCH

Miller, Lynn F.
The hand that holds the camera : interviews with women
New York : Garland, 1988.
791.430973 M648h – ECA

Women and the cinema : a critical anthology
New York : Dutton, c1977.
791.43 W872k – ECA

 


Filmes proibidos

06/10/2014

Quem viveu na época da censura durante a ditadura jamais vai esquecer como era ser proibido de ler um livro, ver um filme ou uma peça teatral e até de ouvir uma canção. Qual é a sensação de ver o som do microfone de um artista sendo cortado durante um show? Só quem passou por isso sabe como é.

Para quem felizmente nunca passou, fizemos um pequeno apanhado de filmes que foram proibidos, perseguidos, cortados ou mutilados,  aqui e em outros países, hoje tranquilamente disponíveis em nosso acervo.

A inspiração para este post veio da nossa aluna Adriana Neitzel, que sugeriu fazermos algo semelhante à Semana dos Livros Proibidos promovida por bibliotecas, editores, livreiros e jornalistas nos Estados Unidos,  em defesa da liberdade de expressão.

Freaks – 1932 – dir . Tod Browning

Proibido em diversos países, o filme interpretado por artistas de circo com deformidades reais só obteve reconhecimento na década de 1960. Veja o artigo The ethics of Tod Browning´s Freaks.

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Esta noite encarnarei no teu cadáver- 1966  – dir. José Mojica Marins

O clássico de José Mojica Marins foi inicialmente proibido pela censura. De acordo com os censores:

O filme ora examinado focaliza as facetas de um autêntico débil mental que não acreditava na reencarnação […]. O filme é de um mau gosto terrível. Os produtores tentam levar ao público um trabalho do gênero terror, usando e abusando de pancadaria, torturas, sexo e violência extremada. As sequências são desordenadas, indicando a instabilidade de toda a equipe técnica […] Não observamos qualquer mensagem na obra apresentada. O homem sádico não sobre a mínima SANÇÃO [sic] pelas torturas e assassinatos que praticou contra vítimas inocentes (Manoel Felipe de Souza Leão Neto).

O filme deseja, e consegue, impressionar pelas suas cenas de terror, de sadismo sexual, de asco etc, inclusive finalizando com a morte do agente funerário negando a existência de Deus e da religião que procurava, por intermédio de um padre católico, salvar sua alma […] (Constâncio Montebello).

Se não fugisse à minha alçada, seria o caso de sugerir a prisão do produtor (Jacira Oliveira).

O filme só foi liberado, depois de longa negociação, quando o produtor concordou em trocar o final, inserindo uma fala escrita pelos próprios censores na qual Zé do Caixão se arrepende e reconhece a existência de Deus.

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A mulher de todos (1969) – dir. Rogério Sganzerla

O censor vetou totalmente, considerando que se tratava de “um drama existencialista focalizando a vida desregrada de determinada dama, que, de todas as maneiras, insurge-se contra os padrões morais vigentes, quer pelo seu proceder livre e desenfreado quer pela sua filosofia de viver”.  Curiosamente, o censor parece ter uma pontinha de admiração pela protagonista, não? Ou inveja, quem sabe …

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 O ritual dos sádicos (O despertar da besta) – 1969 – dir. José Mojica Marins

Para o censor que recomendou veto total, o filme era “uma sucessão de fatos e situações, as mais diversas, cuja tônica principal e constante é a amostragem de, além da prática do vício, bacanais, orgias, rituais sado-masoquistas, taras, anormalidades, morbidez, deformações personalísticas dos mais variados calibres, enfim, uma gama infindável de aspectos que caracterizam a total degenerescência humana”.

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Z – 1969 – dir. Costa-Gavras

Baseado num fato verídico ocorrido durante a ditadura militar grega, o filme conta a história de um atentado a um líder oposicionista e suas consequências para o regime. “Qualquer semelhança com pessoas e eventos reais não é mera coincidência, é proposital”, avisa um letreiro no início dos créditos.  Só pôde ser exibido no Brasil em 1980 e quem o assistiu na época deve se lembrar da vibração da plateia nas cenas em que o juiz interpretado por Jean Louis Trintignant interroga e enfurece os militares envolvidos no crime.

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Zabriskie Point – 1970 – dir. Michelangelo Antonioni

Contracultura, crítica ao consumismo, greve estudantil e uma longa cena de sexo grupal no deserto. O filme só foi exibido no Brasil em 1980.

 

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Laranja mecânica (1971) dir. Stanley Kubrick

A censura brasileira foi responsável por uma ação bizarra, que ajudou a ridicularizar a ideia de censura no Brasil: como era impossível cortar as cenas de nudez frontal que os censores não admitiam, o filme foi exibido com bolinhas pretas que tentavam, sem muito sucesso, cobrir as genitálias dos atores. O recurso provocava gargalhadas na plateia, justamente numa das cenas mais violentas e cruéis do filme.

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Como era gostoso o meu francês – 1971 – Nélson Pereira dos Santos

A censura determinou a proibição do filme alegando que “a audiência brasileira não está plenamente preparada para semelhante espetáculo e poderá considerá-lo imoral, exceção feita a poucas plateias dos grandes centros. Daí, este SCDP vetar a sua exibição em todo o território nacional por considerá-lo, do ponto de vista estético, contrário aos princípios de moral e pudor do povo brasileiro”. Posteriormente, com a troca da chefia do Serviço de Censura, o filme foi  liberado.

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O país de São Saruê – 1971- Vladimir Carvalho

Documentário sobre as condições de vida dos lavradores e outros trabalhadores no sertão nordestino, permaneceu proibido por oito anos.  Os censores consideraram que:

“O filme não atende aos interesses nacionais […] atende contra a dignidade e o interesse nacionais ao apresentar, sem que se conheçam seus verdadeiros propósitos,  aspectos da miséria e do subdesenvolvimento do nordeste brasileiro … (Manoel Felipe de Souza Leão Neto).

“Acresce  que esta Seção de Censura tomou conhecimento de que o presente filme está cotado para apresentação nestes próximos dias em um festival internacional, o que viria contribuir para estimular a campanha difamatória que se faz ao Brasil no exterior (Wilson Q. Garcia).

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 Je vous salue Marie – 1984 – dir. Jean-Luc Godard

Proibido depois do fim da censura no Brasil pelo governo de José Sarney, cedendo a pressões da igreja católica.  Foi recentemente divulgado o texto de um telegrama no qual o cantor Roberto Carlos cumprimenta o presidente pela proibição:

“Cumprimento Vossa Excelência por impedir a exibição do filme ‘Je Vous Salue’ Marie, que não é obra de arte ou expressão cultural que mereça a liberdade de atingir a tradição religiosa de nosso povo e o sentimento cristão da humanidade. Deus abençoe Vossa Excelência. Roberto Carlos Braga”.

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Com certeza nosso acervo abriga muitos outros filmes que um dia foram proibidos e perseguidos. É só pesquisar e descobrir. Você se lembra de mais algum? Comente aqui e nos ajude a fazer uma lista mais completa.

As informações deste post foram retiradas das seguintes fontes:

Maldito: a vida e o cinema de José Mojica Marins, o Zé do Caixão, de André Barcinski e Ivan Finotti. 791.430981 M339m

Memória da Censura no Cinema Brasileiro 1964 – 1988  – http://www.memoriacinebr.com.br/

Cinema 7: Especial Filmes Proibidos, parte 2 – http://www.cinema7arte.com.br/2014/08/especial-filmes-proibidos-parte-2.html

Roteiro da intolerância: a censura cinematográfica no Brasil, de Inimá Simões. 791.430981  S593r

 


Caio Cavechini fala de suas primeiras experiências com documentário

27/04/2011

Por Crenilda Abreu

Ex-aluno do curso de jornalismo da ECA, Caio Cavechini teve como estréia o documentário Antes, um dia e depois que começou como trabalho de conclusão e foi crescendo até ganhar a versão definitiva, mais enxuta, que lhe rendeu o prêmio ‘diretor revelação’ na Mostra Internacional de 2006.
Resultado de um ano de viagens pelo país e um monstruoso trabalho de edição, o filme traz as histórias de oito pessoas prestes a dar uma grande reviravolta.



Desde 2007 no Profissão Repórter, continua realizando documentários e acaba de estrear no festival É Tudo Verdade com Carne e Osso que será assunto de debate/palestra com ele no próximo dia 4 no auditório Freitas Nobre a convite professor José Roberto Cintra, que o orientou no TCC.

Em meio à correria com seu último trabalho, feito em parceria com Carlos Juliano Barros, ele nos concedeu entrevista por e-mail em que comenta Carne e Osso e suas experiências em tempos de ECA. Um roteiro valioso das dificuldades técnicas, escolhas estéticas, da ajuda que recebeu de professores e colegas e da importância desse momento como estudante.

Outros colegas de curso optaram por um tema, um lugar, pessoas falando do lugar onde trabalham, vivem etc. Outros falam de assuntos como educação, um hobby… Antes, um dia e depois parece não ter um tema. São pessoas e suas histórias num momento de transição, histórias distantes que de certa forma estão unidas. Como é que surgiu a idéia desse primeiro documentário do TCC?

Eu não queria um tema, mas uma maneira de contar as histórias. Queria escolher um método, delimitar um campo de ação e dentro dele eu poderia transitar livremente. No começo, o próprio professor orientador torceu o nariz, mas isso me ajudou a fechar melhor a proposta. Meu documentário seria aquilo que acontecesse naquele espaço de tempo, e só. Então eu teria que me jogar na observação daquelas histórias, independente do que acontecesse, o importante era o registro cru daqueles momentos. Na hora da edição, percebi que o meu olhar sobre aquelas experiências havia sido um fio condutor, e assim segui.

Como é que começou aqui na ECA a movimentação pra fazer o documentário (gastos, a mobilização, a ajuda dos professores) ?

Tive uma ajuda monstruosa dos professores e da estrutura da Eca para fazer documentários, poder viajar com equipamento, poder experimentar na edição. Esse é o principal para quem faz documentário: poder testar, refazer, ver o que ficou bom e o que não ficou, trocar ideias para aprimorar. Os gastos com viagens obviamente foram por minha conta, mas só isso. Todo o resto foi na Eca, principalmente porque eu sabia que o tempo de experimentar é esse, depois a gente consegue um emprego e tem nossas margens de ação reduzidas.

Essa coisa de contar e focar em pessoas, parece que é a diferença do seu trabalho para outros, o seu parece o mais ficcional dos documentários dos alunos da ECA, você acha que isso foi fundamental no sucesso que teve?

Acho que mesmo quando você foca numa temática específica, você tem que estar aberto para olhar e observar as pessoas. Mesmo em um documentário investigativo, opinativo, social, enfim, são as pessoas e a qualidade dos depoimentos e das ações que vão dar corpo ao documentário. Eu observava um domínio da entrevista nos documentários dos alunos, e a entrevista não é tudo. Para alcançarmos personagens mais complexos, temos que observá-los de outras formas, registrar a forma com que se relacionam no seu meio, suas contradições, suas grandes virtudes e pequenos defeitos. Não que a gente consiga sempre isso, mas é o que o documentarista tem que buscar.

Você quando escolheu isso levou em conta que os documentários que se aproximam do ficcional porque narram historias têm uma recepção mais ampla? Ou isso teve mais a ver com as influências que recebeu de outros documentaristas?

Eu sinceramente não pensei na recepção. Claro que quando a gente quer contar uma história bem contada estamos pensando no público, mas não necessariamente é o seu ponto de partida. Já que o documentário atacava para vários lados, eu precisava de uma proposta unificadora, um princípio que orientasse minha ação, e a partir daí seu seria livre dentro desse limite que eu mesmo estabeleci. Acho que todo bom documentário precisa delimitar bem o seu campo de atuação para dentro dele ser o mais livre possível. Isso é algo que eu percebo sempre que assisto a um bom documentário, e percebia naquela época. Aí, quando eu estabeleci esse recorte de tempo, tudo o que acontecesse era matéria prima para mim. Temos um personagem e alguma coisa que vai acontecer na vida dele. Nesse sentido pode se aproximar da ficção, mas nem todas as histórias têm conflitos. E ao mesmo tempo, na vida real sempre acontece algo na nossa vida. Então acho que é o documentário que pode estar mais aberto a isso, e não necessariamente tomarmos esse registro das “transformações” como exclusividade da ficção.

Você não aparece no documentário, ao mesmo tempo em que se tem a sensação de que é seu o papel principal, talvez porque você se torne uma ligação entre as histórias. Por que essa escolha de não aparecer?

Primeiro uma questão técnica, que na maior parte das vezes eu estava sozinho, com a câmera na mão. E depois, uma escolha estética mesmo, porque queria dar luz aos personagens, mas ao mesmo tempo evidenciar que se tratava de um olhar de alguém que está atrás da câmera.

As frases escritas e as intervenções de texto na sua voz parecem colocá-lo em evidência. Você imagina o filme sem essas intervenções? O que o filme perderia sem elas?

Sim, é possível. O filme poderia se transformar em uma sequência de curtas, ao invés de um longa, porque as intervenções funcionam como amarração. Além disso, eu precisava de explicações sobre algumas passagens que eu não considerava adequado dar em texto na tela, porque eram explicações um pouco mais longas, sobre o contexto de cada história. Eu poderia fazer explicações mais impessoais e objetivas, por exemplo. Mas como o filme partia de uma ideia maluca de alguém que de repente quis registrar as histórias dessas mudanças, achei que isso precisava ficar claro também. Então é sempre uma questão de escolhas e de quais se adaptam melhor no projeto em questão. Já fiz documentários com e sem intervenções, e não tenho preferência por esse ou aquele estilo. É uma questão de escolher o que o filme pede.

Pelo que li o Carne e osso também tem esse foco em narrativas de pessoas.
Além da maturidade, o que mudou como documentarista desde Antes um dia e depois até o Carne e osso?

O Carne e Osso tem uma outra linguagem. É um documentário de crítica social, em que a voz do autor está ausente. Temos os depoimentos dos trabalhadores e a linha de montagem, a repetição que desumaniza a pessoa. É um documentário mais frio e mais seco, mas era o que a história pedia. Pessoalmente, acho que a gente sempre pode evoluir no sentido de encontrar as melhores soluções técnicas, estéticas e narrativas para a história que você quer contar.

Palestra com os diretores Caio Cavechini e Carlos Juliano de Barros:
Dia 4/05 no auditório Freitas Nobre do CJE às 20h.


Conversa de bibliotecários

10/03/2011

Bibliotecários adoram comentar a imagem da profissão no cinema e outros meios de comunicação. Garimpar cenas com bibliotecários ou bibliotecas, lamentar os estereótipos ou achar graça neles, é quase um esporte. Também é um tema de pesquisa que rende teses e trabalhos de conclusão de curso.
A Biblioteca da ECA não tem muitos filmes no acervo que tratam do assunto. Há o inevitável O nome da rosa, baseado no livro de Umberto Eco, no qual a biblioteca é destruída por seus próprios segredos. E o seriado Buffy, a caça-vampiros, em que o bibliotecário é o guardião e protetor da personagem que luta contra os poderes das trevas. Também há personagens bibliotecários no filme O convento, de Manoel de Oliveira, sobre um pesquisador procurando num convento português provas para sua hipótese de que William Shakespeare era espanhol, não inglês.

Os livros, a leitura e a preservação do conhecimento são temas de Fahrenheit 451, de François Truffaut, ambientado na sociedade totalitária do futuro que proibiu a posse e a leitura dos livros. A pesquisa em arquivos aparece no filme alemão Uma cidade sem passado, em que uma jovem estudante tenta descobrir o que aconteceu em sua cidade durante o nazismo.

Em A felicidade não se compra, de Frank Capra, a menção a bibliotecários é rápida, mas significativa. George Bailey, o personagem principal, é um ótimo sujeito que pensa em se matar depois de uma série de enormes decepções. Um anjo o impede, mostra como seria a vida em sua cidade se ele não tivesse existido. Seria tudo péssimo, mas George desiste definitivamente do suicídio quando descobre o destino alternativo de sua esposa: sem ele, a pobrezinha jamais teria se casado e seria bibliotecária!
Vale a pena ver Party girl, filme que além mostrar a profissão sob uma óptica positiva, dá uma visão bastante realista do trabalho dos bibliotecários. A moça moderninha e festeira do título tem problemas com a polícia e sua madrinha, bibliotecária, paga sua fiança. Em troca, ela vai trabalhar na biblioteca e acaba gostando da coisa. Mas comete um erro e a madrinha a demite, com uma tremenda bronca em tons feministas. Vejam a cena:

Depois da bronca, a personagem decide que vai estudar para ser bibliotecária.

Se você gosta do assunto:

http://filmlibrarian.info/
http://www.librarian-image.net/
http://www.tk421.net/essays/nwyt.pdf