Por onde começar

29/04/2024

Uma dúvida muito frequente entre os pesquisadores que ainda não conhecem bem as fontes de informação que a USP oferece é: “por onde eu começo?”.

A resposta nem sempre é muito simples e depende de vários fatores, como a complexidade da pesquisa, do tipo de material de interesse, tempo disponível, grau de conhecimento de outros idiomas etc. Para ajudar com isso, nós, os bibliotecários de referência, estamos sempre à disposição.

Algumas dicas:

O básico

Se a pesquisa for de iniciação científica, TCC e até mesmo mestrado, o Portal de Busca Integrada da USP e o Portal de Periódicos da CAPES são bons lugares para fazer a primeira exploração do tema. Ambos recuperam artigos publicados em revistas acadêmicas e, em geral, trazem resultados quantitativamente bastante satisfatórios. São plataformas fáceis de entender, e as duas usam o mesmo software.

O conteúdo não é exatamente o mesmo, embora seja bastante semelhante. No Portal CAPES vamos encontrar principalmente artigos, embora também traga e-books de editoras internacionais. Na Busca Integrada da USP, além do conteúdos de revistas eletrônicas internacionais, também conseguimos acessar o catálogo dos documentos físicos das bibliotecas da USP (mesmo conteúdo do Dédalus), os periódicos do Portal de Revistas da USP (publicações editadas pela USP em acesso aberto) e o Portal de Livros Abertos (e-books de autoria de professores e técnicos da USP, também em acesso aberto).

Os dois portais oferecem recursos como: filtros de busca por tipo de documento, assunto, autor, base de dados ou biblioteca, data, idioma, nome da publicação etc; exportação de registros para gerenciadores de referências; pasta virtual para armazenar referências; alertas de busca e outros.

Além de obter textos completos de artigos em PDF, ambos auxiliam o pesquisador iniciante a descobrir as melhores fontes para levantar a literatura necessária ao seu tema. Por exemplo:

  • faça uma busca pelo assunto “women artists”
  • use o filtro Base de dados / Biblioteca na Busca Integrada da USP ou Coleção no Portal CAPES e identifique de onde veio a maior quantidade de resultados. O mesmo vale para títulos de periódicos específicos que publicam bastante sobre o assunto.

Importante:

  • são obtidos resultados melhores quando fazemos as busca em inglês, porque qualquer revista acadêmica sempre terá palavras-chaves e resumos nesse idioma
  • o acesso aos portais é aberto ao público em geral, mas isso não vale para os textos de todos os artigos. Se a revista for de acesso aberto, os artigos vão abrir; se for um título assinado pela USP ou pela CAPES, é necessário ter conexão à rede VPN da USP, ou acessar pelos computadores das bibliotecas

Para uma busca inicial e exploratório, não podemos esquecer do Google Acadêmico, também uma excelente fonte de informações.

Além do básico

Para pesquisas de doutorado, ou mesmo para quem fez buscas nesses portais de acesso mais simples e sente necessidade de avançar um pouco, o ideal é fazer busca numa base de dados especializada na área da pesquisa ou numa base de dados multidisciplinar.

Por essas bases temos acesso a conteúdos de revistas acadêmicas que foram selecionadas para integrar o conjunto de publicações por elas indexadas. Além disso, os recursos e filtros de busca são melhores e mais especializados do que os oferecidos pelos portais que recuperam conteúdos de várias bases.

A lista de bases às quais temos acesso está na página da Agência de Bibliotecas e Coleções Digitais da USP. No site da Biblioteca elaboramos uma lista de bases de interesse para as áreas da Escola de Comunicações e Artes. O pesquisador deverá sempre buscar na base da área de sua pesquisa (se houver) e também nas bases multidisciplinares como Scopus, Academic Search Premier, Web of Science, JStor e Dimensions Analytics, lembrando que uma busca inicial no Portal CAPES ou Busca Integrada da USP pode ajudar a identificar as melhores fontes.

Tão ou mais importante do que selecionar as fontes de informação é saber elaborar estratégias de busca adequadas. Vejam esses textos aqui mesmo, neste Blog:

Do tema da pesquisa aos termos de busca

O bolo de banana e a pesquisa

Em busca dos assuntos perdidos

Aqui no Blog e no canal da Biblioteca da ECA no YouTube, temos alguns tutoriais sobre o uso dos diversos recursos de pesquisa disponíveis. Se necessário, oferecemos treinamentos, que podem ser agendados pelo nosso site.


Quais as partes de um artigo científico

03/04/2024

Teses e dissertações seguem uma ordem de apresentação das seções padronizada e razoavelmente conhecida: devem ter capa, sumário, introdução, lista de referências; podem ter também agradecimentos, anexos etc. Com os artigos acadêmicos acontece a mesma coisa.

A busca por padronização de publicações acadêmicas foi uma das estratégias usadas para lidar com a explosão informacional. Com o número de periódicos acadêmicos aumentando exponencialmente, a padronização facilita a recuperação, possibilita identificar mais facilmente o tipo de fonte, facilita encontrar uma informação dentro de um artigo, já que, com o uso constante, passamos a dominar essa estrutura, e se precisamos saber o método usado numa pesquisa, vamos direto à seção onde a metodologia é descrita.

Por isso, assim como teses e dissertação, artigos acadêmicos seguem uma ordem mais ou menos conhecida e fixa, além disso cabe aos autores, no momento da submissão verificar a conformidade do trabalho em relação ao que pede a revista.

O primeiro item dessa estrutura é o Título, que deve ser breve e em tom denotativo, evitando abreviaturas e siglas, a não ser que sejam amplamente conhecidas. O título deve indicar de forma breve o assunto que está sendo tratado.

O nome do Autor com um breve currículo, normalmente contendo titulação, vínculo institucional e e-mail para contato, vem em seguida.

Depois vêm o resumo e palavras-chave. Resumo: é uma versão reduzida do artigo, todas as partes textuais importantes do artigo devem ser tratadas aqui em seus aspectos fundamentais: introdução, objetivos, metodologia, resultados, discussão e conclusão. O resumo deve ser redigido de forma que o leitor tenha condição de decidir se a leitura do artigo na íntegra será ou não necessária. Normalmente as revistas estabelecem uma extensão mínima e máxima para o resumo.

Palavras-chave: termos que descrevem o conteúdo de sua pesquisa, normalmente de 3 a 5. Tenha em mente que esses termos podem ajudar as pessoas a chegarem ao seu trabalho.

Tanto o resumo quanto as palavras-chave devem ter versões em outro idioma, normalmente em inglês e às vezes também em espanhol.

As seções seguintes, embora apresentadas depois do resumo e palavras-chave, costumam ser redigidas primeiro. São elas, apresentadas normalmente na ordem a seguir: introdução, objetivo, material e métodos, resultados e discussão, conclusão. Pode acontecer dessas seções terem outros títulos que não os listados aqui ou, muito comumente, se omite a palavra Introdução e parte-se direto para o texto.

A Introdução informa qual o problema ou questão que vai ser tratada, qual a importância da pesquisa, contextualiza o leitor no presente da questão, aproximando-o do tema. Apresenta também o marco teórico conceitual, revisão bibliográfica. O Objetivo costuma vir aqui também, geralmente no parágrafo final da introdução ou pode aparecer como seção à parte, logo na sequência.

É importante que o objetivo seja coerente com o título e o problema de pesquisa, assim como com os resultados alcançados e a conclusão. A hipótese (ou hipóteses) é uma das respostas possíveis do problema do trabalho, nem sempre é mencionada, principalmente em estudos qualitativos.

Metodologia. Algumas revistas tratam como uma única seção, outras preferem separar Material e Métodos em seções distintas. Mas basicamente deve-se informar como o problema foi abordado, quais técnicas e materiais utilizados, como os dados foram obtidos. Explica-se da maneira mais detalhada possível, pois se outro pesquisador quiser reproduzir a pesquisa deve recorrer a esta seção. Por exemplo, em caso de trabalhos de revisão bibliográfica, informar as bases de dados usadas, estratégias de busca etc.

Resultados e discussão. Também podem vir em seções distintas. Normalmente é na apresentação dos resultados que vão aparecer tabelas, gráficos e outras figuras que ajudam a organizar os dados e resultados obtidos de forma mais inteligível.

Na Discussão é onde o autor interpreta os resultados alcançados, respondendo a questões postas na introdução, as generalizações que os resultados permitem, as consequências teóricas e práticas que o trabalho indica etc.

O que se deduz dos resultados e da discussão, explica as conclusões obtidas, que avanços o estudo traz, cabe uma reflexão sobre se os objetivos foram alcançados, o que se poderia estudar ou para que caminho seguir agora.

Agradecimentos. Não se trata de uma seção obrigatória. Aqui se coloca informação sobre apoio financeiros de alguma agência, também se listam pessoas ou entidades que contribuíram para a elaboração do trabalho.

Referências. Na lista de referência só devem constar os documentos citados no trabalho. Em revistas brasileiras, normalmente feitas de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), mas algumas revistas podem solicitar que as referências sejam apresentadas de acordo com outros padrões, como Matrizes e Turismo em Análise, ambas da ECA, que recomendam o uso das normas da American Psychological Association (APA).

Aqui falamos da estrutura geral, para saber o específico de cada periódico, deve-se consultar a página de submissão dos periódicos.

Para saber mais: https://www.ehu.eus/ikastorratza/27_alea/5.pdf


Oficina Acesso a fontes de informação multidisciplinares

18/03/2024

Você tem seu tema de pesquisa.

Você tem seu orientador ou orientadora.

Você precisa de literatura sobre o assunto.

Você já fez a busca no Dédalus e no Google Acadêmico, mas encontrou pouco material, ou encontrou referências demais, ou sente que falta alguma coisa.

Qual é o seu próximo passo? Consultar fontes de informação especializadas, como bases de dados que indexam revistas acadêmicas. Fazendo uma busca de forma correta nas fontes mais adequadas, você poderá ter mais confiança nos resultados obtidos.

As bases de dados às quais temos acesso na USP estão listadas na página da Agência de Bibliotecas e Coleções Digitais da USP. Mais informações, na página Recursos Online do nosso site.

Para facilitar a escolha das melhores fontes e ajudar a entender como cada uma funciona, a Biblioteca da ECA vai oferecer a oficina:

Acesso a fontes de informação multidisciplinares

Dia 4 de abril de 2024 – 17 horas

Conteúdo:

Serão apresentadas as bases de dados Scopus, Academic Search Premier e Dimensions Analytics, que dão acesso ao texto completo de milhares de artigos de revistas acadêmicas internacionais.

Onde: Online, pelo Google Meet. O link será enviado por e-mail, na véspera.

OBS.: Sugerimos que os inscritos providenciem sua conexão à rede VPN da USP, se desejarem praticar durante a realização da Oficina. Não será obrigatório, o aluno pode optar apenas por assistir o treinamento e enviar suas dúvidas posteriormente, se necessário.

Formulário de Inscrição


Entrevistas, como fazer referência?

04/03/2024

Entrevistas são um tipo de publicação muito comum em jornais e revistas, mas também aparecem muito frequentemente em periódicos acadêmicos e até em livros, editadas em coletâneas. E existem também entrevistas realizadas por autores de monografias, como forma de subsidiar suas pesquisas, reforçar argumentos etc.

Para ambos os casos, é recorrente a dúvida de como citar e referenciar esse tipo de documento.

Para o primeiro caso, entrevistas publicadas como parte de jornais, revistas e livros, é mais fácil, basta seguir o que recomenda a ABNT NBR 6023 para material publicado, ou seja, usar os elementos essenciais de identificação:

autor, título do artigo ou da matéria, subtítulo (se houver), título do periódico, subtítulo (se houver), local de publicação, numeração do ano e/ou volume, número e/ou edição, tomo (se houver), páginas inicial e final, e data ou período de publicação.

Mas quem é o autor, o entrevistado ou o entrevistador? Esta mesma norma diz que “Para entrevistas, o primeiro elemento deve ser o entrevistado”, mas traz dois exemplos discrepantes entre si:

No primeiro exemplo, os entrevistadores vêm como primeiro elemento:

MENDONÇA, Lenny; SUTTON, Robert. Como obter sucesso na era do código aberto. Entrevistado: Mitchekk Baker. HSM Management, São Paulo, ano 12, v. 5, n. 70, p. 102-106, set./out. 2008.

Algumas páginas adentro, faz exatamente o contrário, ou seja, entrevistado como primeiro elemento:

HAMEL, Gary. Eficiência não basta: as empresas precisam inovar na gestão. [Entrevista cedida a] Chris Stanley. HSM Management, São Paulo, n. 79, mar./abr. 2010. Disponível em: http://www.revistahsm.com. br/coluna/gary-hamel-e-gestao-na-era-da-criatividade/. Acesso em: 23 mar. 2017.

Num outro exemplo, na página 27, o título do podcast onde apareceu a entrevista foi considerado o elemento principal:

ANTICAST 66: as histórias e teorias das cores. Entrevistadores: Ivan Mizanzuk, Rafael Ancara e Marcos Beccari. Entrevistada: Luciana Martha Silveira. [S. l.]: Brainstorm9, 31 jan. 2013. Podcast. Disponível em: https://soundcloud.com/anticastdesign/anticast-66-as-hist-rias-e/s-OImz9. Acesso em: 22 ago. 2014.

Nossa recomendação:
siga o segundo exemplo e inicie a referência pelo nome do entrevistado, pois é isso que a norma diz textualmente.

Já aquelas entrevistas não publicadas, que o próprio autor de um trabalho fez, entram na categoria de informação obtida por canais informais, não vão para a lista de referências, devem ser identificadas em nota de rodapé. Esse tipo de informação precisa ser comprovada por documentos (gravação em áudio ou vídeo das entrevistas, por exemplo) e recomenda-se que sejam adicionados como apêndice ao final do trabalho. Veja o exemplo abaixo:

No texto:
O esforço empreendido pela categoria profissional bibliotecária em torno da questão se pronuncia há tempos, pois conforme José Fernando Modesto da Silva1, no começo da década de 1990, tiveram início diversas ações do CRB8 para explicitar a importância das bibliotecas escolares (informação verbal). 

Em nota de rodapé:
1 José Fernando Modesto da Silva, professor universitário que já ocupou a presidência do CRB8 e do CFB, nos concedeu uma entrevista em 12 de dezembro de 2013. As questões podem ser consultadas no Apêndice A.

Os exemplos de referências usados nesse post são da ABNT NBR 6023. Esse último exemplo vem da Manual de normalização da Biblioteca da ECA.


Olá, calourada!

26/02/2024

Uma das vantagens de estudar na USP é o acesso a enormes quantidades de informações de alta qualidade, nos acervos físicos das 64 bibliotecas da USP e nos milhares (sim, milhares) de conteúdos online.

A Biblioteca da ECA é um espaço bonito e agradável que pertence aos estudantes, professores, funcionários e visitantes. Temos acervo de DVDs, partituras, discos em vinil e CD, revistas acadêmicas, revistas populares antigas, HQ, livros de artista, catálogos de exposições de arte e, claro, livros e teses das áreas da Escola.

Vocês têm à sua disposição cabines para estudo individual (com tomadas), salas de estudo em grupo e salas multimídia para ver filmes ou fazer trabalhos.

Venham conhecer nossos espaços, acervos e serviços. A partir do dia 27 de fevereiro, vamos oferecer visitas guiadas: um passeio pela Biblioteca da ECA com uma bibliotecária ou bibliotecário que vai explicando tudo.

  • Horário: todas as horas cheias, das 10 às 18 horas (10, 11, 12 etc)
  • Precisa marcar? Não é só chegar e pedir para fazer a visita.
  • Até quando? Até o final de março, mas a gente está sempre por aqui.

Algumas informações básicas

Empréstimo:

  • Graduação, EAD, intercâmbio: 10 itens, 10 dias de prazo
  • Pós-graduação: 15 itens, 21 dias de prazo
  • O empréstimo pode ser renovado por 3 vezes
  • Documento necessário: e-Card ou cartão USP físico
  • Mais informações: site da Biblioteca da ECA

Recursos Online

Estudantes da USP têm acesso gratuito a revistas eletrônicas, bases de dados para busca de artigos, plataformas de e-books, música e partituras etc, por qualquer computador da Universidade. Para acessar em sua própria casa, basta fazer conexão à rede VPN da USP. As informações sobre os acervos disponíveis online e como obter o acesso VPN estão no site da Biblioteca da ECA.

Vejam

Vídeo da Agência de Bibliotecas e Coleções Digitais da USP:

Vídeo da Biblioteca da ECA:


Memória

19/02/2024

Quer conhecer um pouco da história da ECA ou recordar algum momento que viveu em nossa Escola? Algumas dicas de fontes de informação sobre memórias da ECA:

Projetos comemorativos dos 50 Anos da ECA

http://50anos.eca.usp.br/

https://memorias.eca.usp.br

Memórias Ecanas – canal no YouTube que publica depoimentos de alunos, professores e funcionários que recordam sua trajetória na Escola

https://www.youtube.com/@memoriasecanas

Ágora ECA – um site que reúne histórias da comunidade, depoimentos, vídeos e fotografias. Idealizado por ex-alunos, o projeto convida outros ex-ecanos a contarem como vieram parar na ECA e enviar fotos de seus tempos na Escola.

Aqui mesmo, neste combativo blog, publicamos vários textos sobre o assunto, com destaque sobre o passado da nossa Biblioteca.

https://bibliotecadaeca.wordpress.com/category/memoria-da-eca

Temos um pequeno acervo que denominamos Memória da ECA. São fotos em papel e digitais, algumas inéditas, outras já publicadas nos projetos citados, cartazes e publicações antigas da Escola, do Centro Acadêmico e da Biblioteca. Parte desse material já está catalogado e registrado no Dédalus, onde foi identificado pelo título de coleção Memória da ECA. Para localizar esses documentos, basta buscar pelo nome da coleção no campo Coleção Especial, como mostra a imagem:

As fotos não serão registradas no Dédalus, que não funciona muito bem para imagens. Estamos preparando uma base de dados com o Tainacan, software livre para gestão e publicação de acervos digitais. Assim que a base estiver pronta, testada e regularmente alimentada, divulgaremos para a comunidade.


Pesquisa e acesso

05/02/2024

Nunca é demais lembrar! Antes de começar uma pesquisa que envolva análise de revistas, filmes, gravações musicais, coleções de livros, fotografias, manuscritos etc., verifique se o seu objeto está acessível de alguma forma viável para você. Faça as seguintes perguntas:

  • Está digitalizado e acessível online de forma gratuita?
  • O acervo está online, mas não é gratuito. Eu posso pagar pelo acesso?
  • O material só está disponível em formato impresso, numa biblioteca ou arquivo. Esse local é aberto ao público? Eu posso me deslocar para fazer a consulta?
  • Qual impacto eventuais dificuldades de acesso terão no meu prazo de entrega?

Aqui, na Biblioteca da ECA, observamos sempre esse tipo de problema. Nossa política é dar acesso o mais livre possível ao acervo, mas nem tudo pode ser emprestado ou digitalizado.

Coleções raras ou que demandem grandes cuidados no manuseio, não podem ser emprestadas. Por exemplo: discos de vinil, partituras manuscritas, revistas populares antigas, fotografias e livros raros, entre outras coleções importantes.

Nem todos os documentos podem ser digitalizados, devido às restrições impostas pela legislação de direitos autorais. Só podemos digitalizar e ceder os arquivos se a obra estiver em domínio público, como é o caso de alguns manuscritos antigos, ou se tivermos autorização dos detentores dos direitos autorais. Mesmo assim, pode haver limites quanto ao uso. Em alguns casos, será necessário obter autorização para apresentações públicas de obras musicais, por exemplo.

Além disso, há questões administrativas a considerar. Não temos pessoal suficiente para digitalizar coleções volumosas, mesmo sendo legalmente possível.

Um exemplo de revista que tem despertado muito interesse e que poucas bibliotecas possuem, é a Capricho. Recebemos muitos pedidos de digitalização que não temos como atender. Só podemos enviar artigos específicos ou orientar o pesquisador a vir consultar aqui, se precisar de acesso à totalidade da coleção.

Enfim, é assim, pessoal. Nem tudo é simples na vida do pesquisador e das bibliotecas.


Digitalizações

29/01/2024

O acervo da Biblioteca da ECA é aberto à consulta pelo público em geral, no entanto o serviço de empréstimo é apenas para alunos regularmente matriculados ou ex-alunos de graduação ou pós-graduação da ECA, por isso, se você não pode emprestar porque não tem vínculo ou mesmo porque está suspenso, temos escâner para autoatendimento.

O uso do escâner deve obedecer à legislação vigente sobre direitos autorais e é apenas para material do acervo da biblioteca da ECA: teses, dissertações, artigos, capítulos de livros.

Mas se você não pode vir até a Biblioteca podemos enviar cópias digitalizadas de teses, dissertações, artigos. Este serviço é para pesquisadores vinculados a instituições de pesquisa em outras cidades e regiões do país. Mande uma mensagem para ecabiblioteca@usp.br, informe título, autor, paginação do item de seu interesse e anexe um comprovante de vínculo com a sua universidade ou centro de pesquisa.

Para resumir, você pode vir até a Biblioteca digitalizar o material de que precisa, mas se mora em outra cidade e não pode aparecer por aqui, envie-nos e-mail informando os dados do item e comprovante de vínculo com sua instituição de pesquisa.


Vocabulário USP com nova cara

15/01/2024

Você sabe o que é um vocabulário controlado? Como a maioria das pessoas que não trabalha em biblioteca não conhece o conceito, vamos explicar.

Quando os bibliotecários catalogam um livro, um artigo, um filme etc., precisam atribuir assuntos a esses documentos. Fazemos isso lendo sumários, resumos, prefácios, introduções e palavras-chaves indicadas pelo autor, para entender do que se trata. Após essa análise, procuramos os assuntos numa lista padronizada de termos.

Na USP temos o nosso próprio vocabulário, construído ao longo dos anos pelos bibliotecários, com ajuda de especialistas nas diversas áreas. É um trabalho gigantesco, que começou na década de 1980, quando foi criado um catálogo automatizado único para todas as bibliotecas da USP, que, antes disso, tinham cada um seu próprio catálogo em fichas e suas próprias listas de termos.

A ideia é usar sempre o mesmo termo para o mesmo conceito evitando, dessa forma, a dispersão dos conteúdos. Também procuramos sempre usar o termo mais correto e atual. Por exemplo:

  • Usamos Arte incomum, não Arte bruta ou Art Brut
  • Usamos Embarcações, não Barcos (mesmo que o autor tenha usado Barcos)
  • Adotamos, recentemente, o termo Indígenas, em substituição ao termo Índios (mas nem todos os registros já foram corrigidos)

Recentemente foi publicada a nova interface do Vocabulário USP, mais amigável e fácil de consultar. O link está incorporado à tela do Dédalus, para acessar basta clicar em Vocabulário (destacado na imagem).

Agora que você já sabe o que é um vocabulário controlado, experimente usar o recurso. Quando fizer uma busca por assunto no Dédalus e o resultado não for satisfatório, acesse o Vocabulário USP e procure descobrir o termo mais adequado para pesquisar. Se não der certo, procure a bibliotecária ou o bibliotecário presente, a gente ajuda.

A nova interface foi criada com a participação do nosso bibliotecário Tiago Murakami, quando fazia parte da equipe do antigo Departamento Técnico do SIBi (hoje ABCD).


A ECA E O DORINHO NA REVISTA “PROPAGANDA”

08/01/2024

Nossa Escola foi capa da revista Propaganda, da editora Referência, em janeiro de 1992, ilustrando matéria sobre a carreira em Publicidade.

Na última página da revista, podemos ver os cartuns da famosa personagem “Dona Zezé, a moça do café”, criação do professor Dorinho (CRP).

Dona Zezé já foi tema de livros e artigos, todos disponíveis no acervo da Biblioteca da ECA, assim como a revista Propaganda.

Bastos, Dorinho. Dona Zezé a moça do café —  [São Paulo] : CBBA; Propeg, [1989]. 741.5981 D696d

Correa, Victor Aquino Gomes. O autor de “Dona Zezé, a moça do café” e a pedagogia da formação em publicidade. São Paulo, 2016. p. 1203-1209. , Encontro Nacional de Pesquisadores em Publicidade e Propaganda – VI Pró-Pesq PP(6. : 2015 : São Paulo).. Anais…, São Paulo, 2016. Disponível em https://www.eca.usp.br/acervo/producao-academica/002792070.pdf

Bastos, Dorinho. Dona Zezé, a moça do café : Zaragarte e Salomão, a dupla de criação.  São Paulo, 2019. p. 58.  Propaganda, São Paulo, n. 820, p. 58, ago. 2019. 659.1

Figueira Neto, Arlindo Ornelas. Dorinho. Formação diferenciada em publicidade? : dona Zezé, a moça do café.  São Paulo, Fundac, 2010. p. 253-276. In: Correa, Victor Aquino Gomes(org). A USP e a invenção da propaganda, 40 anos depois. São Paulo : Fundac, 2010. 470 p. 659.1098161 U86c

Neste vídeo, o professor fala sobre sua personagem.

Dorinho também é autor desta imagem na porta da Biblioteca da ECA.